sábado, 28 de maio de 2011
Especulações sobre as mudanças no Código FLorestal incentivaram uma enorme devastação, quem denuncia morre!
Foto: Divulgação/Pastoral da Terra
Adelino Ramos, o Dinho, sobrevivente do massacre de Corumbiara e assassinado nesta sexta-feira
Seis tiros teriam atingido o agricultor, que foi levado para um hospital próximo, mas não resistiu. Dinho morava num assentamento do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com outras famílias e seu grupo buscava regularizar sua produção. Ele, segundo a assessoria da Secretaria de Produção, vinha recebendo ameaças de morte de madeireiros da região.
O movimento liderado pelo agricultor morto foi formado depois do massacre de Corumbiara, em fevereiro de 1996, com objetivo de dar continuidade às reivindicações dos camponeses sem terra.
Há dois meses o gerente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam) de Nova Califórnia, Geraldo Cáceres, denunciou ter sido ameaçado de morte à Secretaria de Produção, que teria providenciado a remoção do funcionário para outro município.
Presidência
A Presidência da República condenou, por meio de nota, o assassinato de Adelino Ramos. Nos dois casos de assassinatos, as vítimas vinham sofrendo ameaças de madeireiros e proprietários rurais de suas regiões. "O governo brasileiro não tolera que crimes como esses aconteçam e fiquem impunes no nosso País", diz a nota, que é assinada pelos ministros da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Segundo a nota, a presidente Dilma Rousseff já determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações no Pará e fará o mesmo no caso de Rondônia, "numa atitude enérgica e clara" para que crimes como esses não se tornem prática rotineira no País. "Acompanharemos de perto os desdobramentos para garantir justiça", afirma. "É isso que se espera de um Estado democrático de direito e é assim que o governo procederá", acrescenta o texto.
Fonte:Agência Estado
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