sexta-feira, 31 de outubro de 2008


“A natureza é grande nas grandes coisas, mas é grandiosa nas pequenas.” Bernardin de Saint Pierre

Filhotes de Beija-flor - Foto APC Parque Central

Os pássaros estão sumindo

Os pássaros estão sumindo
O poeta hoje diria assim...
Minha terra já não tem palmeiras, jamais sabiá.
Antigamente os passarinhos tinham apenas dois inimigos: o gavião e o estilingue. Por mais que o gavião exagerasse na gula, por mais que os garotos aprimorassem a pontaria no estilingue, não davam conta de acabar com os sabiás, os gaturamos, os azulões, os coleirinhos, as rolinhas.
Hoje nas cidades, até os pardais estão desaparecendo. Nos próprios bosques, rareiam os gorjeios. E na roça o mato já quase não existe: o fogo queimou, a foice ceifou, o machado tombou, a motosserra matou. Estão no fim as florestas naturais e os fazendeiros e sitiantes parecem não gostar muito de plantar árvores frutíferas. Sem árvores, os pássaros perdem o seu habitat. E se voam à procura de alimentos nas plantações, morrem intoxicados. A química é tanta... nem lagartas sobram para passarinhos comer. Dizem: a minhoca não existe mais como antes. Nem aqueles bichinhos que as juritis catavam no chão.
Dessa forma a primavera fica mais triste. O verde teima em voltar, porem, cada vez mais tímido. As flores ainda se abrem, todavia com medo de serem agredidas pelo chamado progresso. As próprias andorinhas que enfeitavam as praças sentem-se intrusas. Elas e os pombos vão passando a ser visto como algo que incomoda. Na cidade e nos campos a primavera não tem o viço de outrora.
A gente chega a ficar com pena das crianças que estão chegando agora a este mundo.Vão encontrar um cenário sem graça. Um mundo feito de asfalto, fumaça e gigantescos edifícios. Com poucas flores, poucas cores e ausente a poesia... e passarinho em gaiola que nasceu para voar, cantar solto, curtir a liberdade plena.
Até os pardais estão sumindo. Encharcados de gás carbônico, deixam as cidades, eles que, embora feios e sem o dom do canto, ainda animavam um pouco o burburinho das ruas.
Gonçalves Dias haveria de ficar decepcionado se descobrisse que na sua terra as palmeiras estão morrendo e os sabiás estão silenciando. E as borboletas azuis do Casimiro de Abreu? Será que ainda existem borboletas? E ainda mais... azuis? Nem o céu é mais azul: ficou cinzento, poluído, triste.
Sem árvores, sem pássaros, sem borboletas, a vida é aborrecida, a primavera perde muito do seu charme. Como dizia o bom Drummond: os corações estão secos.
Há alguns anos um caçador chegara feliz em casa: matara um nhambu na capoeira do sítio dele. era o último nhambu da última capoeira. E ele estava feliz...
Mas ainda é tempo de salvar este planeta. Pelo menos para as crianças que estão chegando agora ao mundo saibam o que é uma árvore, o que é uma flor, o que é uma borboleta, o que é um passarinho.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

UMA RIQUEZA QUE SE VAI


Mesmo em áreas verdes encontramos cada vez menos espécies nativas.
Embora a ciência ainda esteja descobrindo a enorme importância de se preservar espécies de plantas ameaçadas de extinção, não temos tido muito sucesso em conter a gradativa perda de biodiverdidade vegetal.
A Mata Atlântica, é um exemplo dramático desta situação. Calcula-se que muitas espécies foram extintas sem sequer terem sido catalogadas. E quando ocorre perda de espécies vegetais, o fato também sugere algum impacto na fauna. Em outras palavras, quando perdemos para sempre uma espécie vegetal, possivelmente ocorrerá perda de outra(s) espécie(s) da fauna. Isto sem contar a perda tecnológica, visto que as plantas são matéria-prima para a farmacologia.
Os números impressionantes da destruição da Mata Atlântica demonstram por fim a deficiência em políticas de conservação ambiental no país e a precariedade do sistema de fiscalização dos órgãos públicos.
Por: Marco Pozzana
Foto:APC

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Associação defende preservação do Parque Central

Escrito por Anderson Amaral - Diário Regional
quinta-feira, 16 de out de 2008 11:55
Para a Associação de Amigos do Parque Central, formada por moradores que residem no entorno do local, em Santo André, o motivo que levou a prefeitura a optar pela construção da pista de skate no Parque da Juventude foram as duas derrotas judiciais dque teve no embate travado no Ministério Público (MP).
Segundo um os integrantes da associação, José Carlos Vieira, algumas reuniões foram realizadas ao longo do ano passado entre a entidade e técnicos do Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depav), mas que não se chegou a um acordo. “Não deram espaço para que argumentássemos e nos acusaram de preconceito contra o esporte”, disse.
Vieira afirmou que no local onde a prefeitura tem a intenção de realizar a obra existe uma nascente e, portanto, se enquadraria na lei de preservação ambiental. “Além de nascentes, existem espécies de aves que fazem ninhos em árvores do parque, que é uma Zona Especial de Interesse Ambiental e, portanto as ações devem ser discutidas com a população”, apontou.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Enquanto nossas florestas são destruídas, na Europa...

Matas européias crescem 360 milhões de m³ ao ano

22/10/2008

A Europa aproveita só dois terços do aumento, segundo a FAO. De acordo com o diretor da agência, quase 45% do continente está coberto por florestas.

Samantha Barthelemy

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, afirma que as matas européias crescem em média 360 milhões de metros cúbicos por ano, mas apenas dois terços desse crescimento é explorado.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou, nesta sexta-feira, que vai sediar a primeira Semana Européia da Floresta.
O evento, que será realizado na próxima semana, em Roma, reunirá representantes de 46 países e terá como foco a importância das florestas no combate às mudanças climáticas.

Cooperação

De acordo com o diretor-geral assistente da agência, Jan Heino, quase 45% do continente europeu são cobertos por florestas. E a cooperação nos setores relacionados é essencial para aproveitar os recursos florestais oferecidos em abundância.
A FAO afirmou que o evento contribuirá também na identificação de soluções para algumas das questões mais importantes sobre florestas, como mudanças climáticas, energia e água.

Apresentação*: Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

PRECISAMOS DE MAIS ÁRVORES NAS CIDADES


Deveríamos aproveitar melhor o espaço urbano.
Está provado. Quanto mais árvores em sua cidade, melhor a qualidade de vida para a população, para os animais e para a saúde do planeta.
É lamentável ver canteiros abandonados onde deveriam estar árvores ou outras plantas. As árvores nas cidades amenizam os efeitos do calor e absorvem parte da poluição do ar. Estas plantas não só ajudam a eliminar o indesejável gás carbônico, como diminuem outras impurezas do ar que respiramos. A sujeira do ar vai se acumulando nas folhas até que venha a chuva para limpar e levar para o mar estes detritos. Além disso, é sabido que um ambiente com mais árvores ajuda a aliviar o estresse da vida urbana.
Como muitas espécies de aves e outros animais dependem das árvores, temos que procurar plantar espécies nativas pois estas evoluiram junto com a fauna local.
Podemos concluir que as árvores brasileiras são capazes de fornecer as condições ideais para a vida de nossa fauna.
postado por Marco Pozzana - Foto: Marco Pozzana

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pensamento

Quem planta flores, planta beleza e perfumes para alguns dias. Quem planta árvores, planta sombra e frutos por anos, talvez séculos.
Mas quem planta idéias verdadeiras, planta para a eternidade.
Jesus

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Saúde e Sustentabilidade


A Associação dos Amigos do Parque Central foi convidada pela Diretoria da USCS de São Caetano do Sul para participar deste importante evento, representando a cidade de Santo André.
A nossa participação será no Sábado dia 25/10/2008 as 10:30h

Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS
R.Santo Antonio nº50 Centro São Caetano do Sul S.P

I ENCONTRO SOBRE SAÚDE E MEIO AMBIENTE:

O DIREITO ÀS CIDADES SAUDÁVEIS E SUSTENTÁVEIS
LANÇAMENTO DA AGENDA 21 DE SÃO CAETANO DO SUL

O Século XXI acena para uma série de mudanças relacionadas aos hábitos que há tanto tempo provocaram os problemas ambientais existentes. A proposta do I Encontro sobre Saúde e Meio Ambiente é trazer para a população da Região do Grande ABC, a discussão sobre as formas como a comunidade pode contribuir com essas mudanças, dentro dos princípios da Agenda 21.

Programa
Dia 23 de Outubro – quinta-feira
Horário: 19H –
Apresentação do Grupo de Dança de Salão DANCE NUTRI – alunas do curso de Nutrição da Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Abertura Oficial do Evento
Apresentação do Hino Nacional em GUARANI - CACIQUE TUKUMBÓ DYEGUAKA-ROBSON MIGUEL

· PROJETO OBSERVANDO O TIETÊ - SOS MATA ATLÂNTICA
· Gustavo Veronesi – Geógrafo – Educação Ambiental
· GRUPO BIGUÁ DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS
· SUB-COMITÊ DE BACIAS HIDROGRÁFICAS BILINGS-TAMANDUATEÍ
Márcia Nascimento – Secretária Executiva - Secretaria de Estado
do Meio Ambiente – São Paulo
· ELO ARTICULADOR/FACILITADOR DA AGENDA 21 DO GRANDE ABC
· Sandro Nicodemo - Instituto iBiosfera
· Representante da DIRETORIA DO MEIO AMBIENTE DE SÃO CAETANO DO SUL
· Representante da DIRETORIA DA SAÚDE DE SÃO CAETANO DO SUL
· REITORIA DA UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - USCS
· DIRETORA DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL- USCS
· EME “ALCINA DANTAS FEIJÃO” - Profa.Maria Teresinha Dario Fiorotti – Diretora

24/10/2008 – Sexta-feira
19h - Mesa Redonda:
Temática: Recursos ambientais ÁGUA, AR E SOLO e os prejuízos de poluentes a interface com a saúde da população das cidades
Palestrantes:
Renato A. Tagnin. Professor e pesquisador do Centro Universitário Senac e consultor em gestão de recursos hidricos e planejamento ambiental.
John Emílio Garcia Tatton. Biólogo – Coordenador de Educação e Desenvolvimento Ambiental Superintendência de Gestão Ambiental – SABESP
Heleni de Paiva – Ambientalista - Ribeirão Pires
21h - Mesa Redonda: Resíduos Sólidos
Temática: Políticas Públicas de Resíduos Sólidos, a busca da solução para as cidades
Mediador: Antonio Siqueira - Coordenador dos cursos de Gestão do Centro Universitário Assunção – UNIFAI
Os palestrantes serão integrantes da sociedade civil, do poder público e do setor privado (Aterro Sanitário Lara), para que os três segmentos da sociedade sejam contemplados na discussão.
25/10/2008 – Sábado
Sociedade Civil Organizada e a sua atuação para a busca da melhoria da qualidade de vida nas cidades
09H – Palestra
As ONGs no Brasil e em São Paulo – Sua atuação na saúde e Ambiente
Palestrante: Cesar Pegoraro
Programa Mananciais
Instituto Socioambiental - ISA
Mesa Redonda: 10h30
Temática:
A atuação das ONGs nas áreas de Água, Solo, Ar e Resíduos Sólidos X Saúde
Breve apresentação das atividades das ONGs da região do Grande ABC.
Cada município terá o seu representante da sociedade civil organizada.
12H – Almoço
14H - Mesa Redonda
Direito dos animais
15H30 - Mesa Redonda
Direito Ambiental
Domingo: 26 de outubro de 2008
Lançamento Oficial da Agenda 21 de São Caetano do Sul
Programação Espaço Verde Chico Mendes
09h00min – Apresentação e divulgação da Agenda 21 do ABC/Lançamento
da Agenda 21 de São Caetano do Sul
09h40min - Realização da Ciranda 21
10h00min - Show com a Banda Mr. Flack
10h30min - Sorteios de Brindes ao público participante (*)
Atividades Simultaneamente:
* Oficina Ecológica (Instituto Homem & Natureza - IH&N)
* Plantio de 21 árvores no Espaço Verde Chico Mendes/
* Atividade Infanto-juvenil de Pintura com temas Ecológicos – com brindes aos melhores trabalhos/* Entrega de Gibis com temas ambientais e folder da Agenda 21 ao público do Espaço Verde Chico Mendes

Participem!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Estão Matando as Áreas Verdes nas Cidades


por Luiz Fernando do Valle

Em um post anterior mencionei que as cidades são organismos vivos, que sofrem de doenças, algumas crônicas, e que esse mal pode levar até a sua morte. Uma das doenças mais graves de uma cidade é a falta de áreas verdes para os seus cidadãos.
Sem áreas verdes vários problemas podem ocorrer nas cidades, como: maior probabilidade de stress para os seus moradores; aumento da violência, principalmente entre os jovens; falta de oxigenação para o ar contaminado pelo excesso de CO2 proveniente da queima de combustível fóssil; falta de condições para o desenvolvimento de espécies de animais essenciais para o equilíbrio do meio ambiente; ocorrência de temperaturas mais quentes por excesso de áreas impermeabilizadas; mudanças nos períodos e nas intensidades das chuvas; enchentes por falta de cobertura vegetal que absorva a água, entre outras tantas distorções que causam perda na qualidade de vida dos seus moradores.
O desmatamento nas periferias das cidades tem aumentado muito nos últimos anos, a ponto de reduzir drasticamente a média recomendada pela ONU, que é de doze metros quadrados por habitante, para até um terço desse índice, e em alguns casos até menos, como em alguns bairros de São Paulo.
Na capital paulista esse desmatamento influiu diretamente no seu clima. Comparações feitas por imagens de satélite comprovaram haver diferenças de até dez graus entre uma região e outra, o que causa a inversão térmica.
Por causa dela tem ocorrido o que os pesquisadores chamam de “calor antropogênico“, que é extremamente prejudicial aos habitantes. Nessas ocasiões um bairro da zona leste pode ter até dez graus a mais que na serra da Cantareira, enquanto o Morumbi (zona sudoeste) chega a ter diferenças de três graus, se comparado à mesma serra.
Mas não é só a falta de áreas verdes que causa esse desequilíbrio no clima. A verticalização radical, sem estudo e compensações adequadas, muda a ventilação da cidade. Os bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, são bons exemplos de ocupação irracional, onde não houve preocupação com o estudo das brisas marítimas, obrigando os seus moradores a viverem num clima senegalês e usarem em excesso o ar-condicionado.
Outro fator percebido nas grandes cidades é que os bairros de maior renda têm menor perda da vegetação.
Os moradores de bairros como Morumbi, Pacaembu e Alto de Pinheiros, na zona sudoeste de São Paulo, são uma população de maior poder aquisitivo. Preservaram suas áreas verdes mesmo sendo alvo do crescimento do mercado imobiliário. Possivelmente por terem maior consciência de sua importância.
Os maiores índices de desmatamento na capital paulista foram encontrados nos distritos do Grajaú, Parelheiros e Jardim Ângela, na zona sul; Tremembé e Perus, na zona norte; e Cidade Tiradentes, Iguatemi e São Rafael, na zona leste. Todas essas regiões têm dois pontos em comum em relação a esse tema: grande número de loteamentos clandestinos e ocupação por população de baixa renda.
Essas situações enfrentadas pelas cidades maiores também ocorrem em cidades médias, causando a mesma síndrome de fadiga e cansaço para os seus moradores. O que se observa por essas experiências é que os administradores municipais desconhecem a gravidade do problema e nada fazem para entendê-lo e mudá-lo.
Todos nos assustamos com o desmatamento da floresta Amazônica, porém, um crime tão grave ocorre no bairro vizinho à nossa moradia e parece que ninguém percebe, e se percebe nada faz.
Deveríamos cobrar mais dos prefeitos para que impeçam que o pouco que sobrou no cinturão do entorno das cidades não seja eliminado por interesses políticos eleitoreiros.
As pessoas que lá moram padecem de total falta de qualidade de vida por vários fatores já conhecidos, mas preservar áreas verdes ainda existentes, ou incentivar a plantar árvores nessas regiões, seria uma maneira de resgatar um mínimo de dignidade para os seus moradores.
Não haverá cidades sustentáveis sem corrigirmos essa distorção, que tem muito a ver com a falta de educação e instrução dos seus moradores e interesse de seus governantes.

ALERTA: ÁRVORES EM PERIGO


Árvores ameaçadas de extinção saltam 4 vezes desde 92 no Brasil. Foto: Mario Moscatelli

O desmatamento, as queimadas e a favelização foram os principais motivos para o aumento de quatro vezes na quantidade de espécies de árvores ameaçadas de extinção no Brasil nos últimos 16 anos, a maior parte na Mata Atlântica, informou o Ministério do Meio Ambiente.
Ao menos 472 espécies correm o risco de desaparecer dos biomas brasileiros nos próximos anos, sendo 276 delas encontradas principalmente na área que restou da Mata Atlântica, de acordo com a nova lista de espécies da flora nacional ameaçadas. A lista oficial anterior de árvores ameaçadas datava de 1992, com 108 espécies. Outras 1.079 espécies nacionais ainda podem estar ameaçadas de extinção, porém não foram incluídas por enquanto na lista devido à falta de informação suficiente. Assim como já é feito sobre a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga e o Pampa também passarão a ser monitorados via satélite, o que permitirá um cenário mais amplo do desmatamento no país.
O Sudeste brasileiro, onde fica maior parte dos 8,5 por cento que sobraram da Mata Atlântica, é a região com o maior número de espécies ameaçadas, com 348, seguido por Nordeste (168) e Sul (84). Fonte: UOL Notícias

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Será que um dia a gente também chega lá!

Londrina multa imóveis sem árvore na calçada
Quem desrespeitar a lei pode ter de pagar até R$ 1.400.
No fim do ano passado, a prefeitura notificou pelo menos 250 comerciantes.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV Paranaense

Londrina aposta em medida ecologicamente correta
A Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) de Londrina (PR) começou a aplicar multas a quem não planta árvores nas calçadas. De acordo com uma lei da cidade, todo imóvel deve ter uma árvore plantada na calçada.

No fim do ano passado, a prefeitura notificou pelo menos 250 comerciantes, 15% deles não fizeram o plantio e, agora, estão sendo multados.

A blitz começou pelo Centro da cidade. As multas podem chegar a R$ 1.400. A medida é considerada ecologicamente correta pela Sema. "As árvores funcionam como ar-condicionado natural, diminuindo o calor. Também funcionam retendo a poeira e diminuindo os ruídos", afirma Gerson da Silva, secretário do Ambiente.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Especialistas alertam para necessidade de evitar extinção das espécies

Resta pouco tempo para deter o processo de extinção de muitas espécies animais e vegetais, advertiram neste domingo em Barcelona especialistas da União Internacional para a Conservação da Naturaleza (UICN), na abertura de seu quarto congresso.
"Há urgência" para enfrentar as ameaças terríveis da mudança climática e da degradação dos ecossistemas", disse Valli Moosa, presidente da UICN e ex-ministro do Meio Ambiente da África do Sul.

"O que sabíamos há muito tempo se transformou em algo aceito por todos".

"Podemos corrigir o curso das coisas, a transição para o desenvolvimento sustentável exige uma descarbonização de nossa economia", acrescentou, em referência às emissões de dióxido de carbono da combustão de energias fósseis.
Moosa pediu às empresas para que integrem a proteção ao meio ambiente em sua gestão.
A UICN publicará na segunda-feira uma aguardada "lista vermelha" das espécies em risco de extinção, que deve confirmar a gravidade da crise atual.
A relação, publicada todos os anos e considerada a avaliação mais confiável do estado das espécies no planeta, aumenta perigosamente.
Em 2007, quase 200 novas espécies entraram na lista de 16.306 espécies ameaçadas de extinção. A UICN vigia a evolução de 41.415 espécies.
Em termos gerais, um mamífero em cada quatro, uma ave em cada oito, um terço dos anfíbios e 70% das plantas estão em perigo.
A erosão da biodiversidade é provocada pela combinação do crescimento urbano, da poluição, da mudança climática, dos conflitos armados e da exploração em excesso dos recursos.
A UICN quer aproveitar o congresso, organizado a cada quatro anos, para sensibilizar os políticos e a opinião pública sobre questões do meio ambiente.
Somente a reunião mundial sobre o desenvolvimento sustentável de Johanesburgo em 2002havia reunido mais participantes.
A UICN, uma organização atípica criada em 5 de outubro de 1948 na França e que tem sede na Suíça, reúne mais de 1.000 membros - representantes de 80 governos e de 800 ONGs - es 10.000 cientistas voluntários.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Chácara Baronesa

Área de Proteção Ambiental (APA), tombada pelo Condephaat, uma das últimas de floresta no perímetro urbano de Santo André, pertecente ao Estado de SP, pode perder parte da área para habitação.
Segue abaixo fotos da Chácara Baronesa.

Paraíso

José Paulo Paes

Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar,
não para automóvel matar gente
mas para criança brincar.
Se esta mata fosse minha,
eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores
onde os pássaros vão morar?
Se este rio fosse meu
eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
que os peixes moram aqui.
Se este mundo fosse meu,
eu fazia tantas mudanças
que ele seria um paraíso
de bichos, plantas e crianças.

[Paes, José Paulo - "Poemas para Brincar" - São Paulo, Ática, 1991 - 4a. edição.]

Pensamento

"As leis são como as teias de aranha que apanham os pequenos insetos e são rasgadas pelos grandes."
( Sólon )

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Carta dos Princípios de Proteção à Vida

Nós, os Protetores da Vida, crianças e jovens estudantes, representando todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, reunidos em Brasília, no período de 9 a12 de outubro de 1999, refletimos sobre o Ambiente e a Vida, observamos que o Brasil tem riquezas e problemas e entendemos que a cidadania também representa um compromisso com a vida.
Para falar da vida entramos no mundo da arte, pois a arte é uma maneira de expressar o que a gente sente. Através da palavra, da música, do teatro e das artes plásticas afirmamos os seguintes Princípios de Proteção à Vida:
Princípio Primeiro– A vida depende do ambiente e o ambiente depende da gente. Vamos todos juntos nos mobilizar para o ambiente preservar.
Princípio Segundo – O meio ambiente não nos pede nada, pelo contrário, nos dá tudo. Cuidar dele, sem se preocupar em receber algo em troca, é uma necessidade vital.
Princípio Terceiro – A natureza é vida. Precisamos amar e respeitar tudo que faz a vida existir, tendo consciência da nossa responsabilidade perante a vida. Planejar nossas atitudes e ações para que não prejudiquem a vida.
Princípio Quarto – Respeitar as diferenças entre todas as formas de vida e entender que são únicas.
Princípio Quinto – Todos temos direito à vida, não importa a raça ou a cultura. A diversidade cultural é bonita. Todos os tipos de discriminação devem acabar.
Princípio Sexto – O Brasil tem muitos problemas mas possui riquezas que precisamos preservar. Não poluir, não desmatar, não devastar, não destruir a natureza.
Princípio Sétimo – A qualidade do ar e da água é essencial para sobrevivermos. Nós, Protetores da Vida, queremos ar puro. Queremos que o governo construa estações de tratamento de esgoto em todos os estados.
Princípio Oitavo – Usar melhor a tecnologia. Nós temos que associar a tecnologia à limpeza do meio ambiente. O desenvolvimento sustentável é a melhor forma de proteger a Terra.
Princípio Nono – Devemos reciclar o lixo e evitar o desperdício. A reciclagem diminui o lixo e faz surgir novas invenções.
Princípio Décimo – A educação é o caminho para uma vida melhor. Precisamos de informações sobre a importância da natureza e da vida no planeta. Cada professor deve falar de educação ambiental em suas aulas. A educação ambiental é a nova escola da vida.
Princípio Décimo primeiro – Cidadania é quando falamos de direitos básicos: moradia, emprego, saúde, educação e opinião. Compor as decisões com a participação de todos. Cidadania é viver em harmonia, alegria, promover o bem-estar de todos e preservar o meio ambiente. Queremos salários mais justos, reforma agrária, respeito aos direitos dos mais pobres, o fim da fome, da miséria, da violência, do desemprego, da corrupção e do desvio de verbas públicas.
Princípio Décimo segundo – Não basta só falar, tem que fazer. Através das pequenas ações nos tornamos cidadãos.
Princípio Décimo terceiro – Solidariedade, respeito, amor, união, alegria são valores que devemos respeitar.
Princípio Décimo quarto – O Governo Federal tem que fazer valer o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Princípio Décimo quinto – Para conservarmos o meio ambiente precisamos da conscientização de todos. Nós, Protetores da Vida, repassaremos a idéia aos que não tiveram a oportunidade de estar no Encontro. Podemos promover debates, passeatas, propagandas, reuniões, cartilhas e outras formas de sensibilização.
As guerras não estão com nada! Paz para todos os seres. Seja um Protetor da Vida.
Brasília, 12 de outubro de 1999