terça-feira, 21 de setembro de 2010

No Dia Mundial da Árvore, indignação no Parque da Água Branca.Clique e acesse o blog!




















Sem dúvida este alerta serve para todos aqueles que zelam pelas áreas verdes das nossas cidades, as poucas que nos restaram estarão sempre na mira do poder econômico e dos nossos gloriosos "administradores públicos".

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Revisão do Código Florestal pode levar a perdas irreversíveis na biodiversidade

Agência Fapesp
SÃO PAULO - Se for aprovada em sua forma atual, a revisão do Código Florestal brasileiro, em votação no Congresso Nacional, poderá levar a perdas irreversíveis na biodiversidade tropical, alertam cientistas em carta publicada na atual edição da revista Science.
Intitulada "Perda de biodiversidade sem volta", o documento tem autoria de Fernanda Michalski, professora do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical da Universidade Federal do Amapá (Unifap); Darren Norris, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp); e Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.
No texto, os pesquisadores apontam que as propriedades privadas correspondem a 39% do território brasileiro e representam um componente essencial para a conservação da biodiversidade florestal, à parte das áreas protegidas formalmente.
Mas os “interesses de curto prazo de poderosos grupos econômicos, influentes proprietários de terra e políticos, ao diluir o Código Florestal, ignoram o valor das florestas privadas para a conservação”, segundo eles.
De acordo com Fernanda, a manifestação é um complemento à carta publicada na Science em 16 de julho por pesquisadores ligados ao Programa Biota-Fapesp, com o título "Legislação brasileira: retrocesso em velocidade máxima?". Segundo ela, o objetivo foi colocar em evidência a modificação do código relacionada à redução das Áreas de Proteção Permanente (APP).
“A Science abre espaço para que possamos reforçar comentários de edições anteriores. Quisemos fazer isso para enfatizar um pouco mais o problema diretamente ligado à redução das APPs, que está sendo levantado na proposta de reforma do Código Florestal”, afirma a docente da Unifap.
Professora do Departamento de Ecologia da Unesp até o fim do primeiro semestre de 2010, Fernanda concluiu seu doutorado em 2007, na Universidade de East Anglia, sob orientação de Peres, e realizou pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), com Bolsa da Fapesp.
“Parte do meu pós-doutorado correspondeu exatamente à avaliação do uso de APPs por vertebrados de médio e grande portes. A partir dos dados obtidos nessa pesquisa, achamos relevante destacar esse tópico no contexto da reforma do Código Florestal”, destaca.
A carta enviada em julho pelos pesquisadores do Biota-Fapesp apontava que as novas regras do Código Florestal reduziriam a restauração obrigatória de vegetação nativa ilegalmente desmatada desde 1965. Com isso, as emissões de dióxido de carbono poderão aumentar substancialmente e, a partir de simples análises da relação espécies-área, “é possível prever a extinção de mais de 100 mil espécies, uma perda massiva que invalidará qualquer comprometimento com a conservação da biodiversidade”.
O texto também foi assinado por Jean Paul Metzger, do Instituto de Biociências da USP; Thomas Lewinsohn, do Departamento de Biologia Animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Luciano Verdade e Luiz Antonio Martinelli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP; Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP; e Carlos Alfredo Joly, do Instituto de Biologia da Unicamp.
Efeito de borda
O documento publicado na atual edição da revista científica americana afirma que a reforma da legislação brasileira vai “efetivamente condenar remanescentes florestais e a rebrota em terras privadas no maior país tropical da Terra”.
Segundo Fernanda, a carta reforça uma questão levantada na manifestação anterior, relacionada a um possível aumento do “efeito de borda” - uma alteração na estrutura, na composição ou na abundância de espécies na parte marginal de um fragmento florestal que acaba tendo impactos sobre a fauna e flora de toda a região.
“O efeito de borda se manifesta à medida que a permeabilidade da matriz aumenta, e cria uma série de efeitos adversos para a flora e para a fauna. Mas, além disso, nossas pesquisas revelaram um outro dado importante que merecia ser destacado: quando a área de proteção é reduzida a menos de 50 metros de cada lado da APP, o resultado é um aumento considerável na mortalidade das árvores”, afirma.
Os cientistas brasileiros alertam que, com as modificações propostas na legislação, a redução das áreas de proteção deverá provocar mudanças nas características da paisagem que reduzirão a capacidade da floresta para reter e conectar espécies, ou para manter a qualidade dos corpos d’água.
Segundo o texto, os proprietários rurais que cumprirem a nova legislação vão ampliar a fragmentação da paisagem e reduzir o valor de suas propriedades, por conta da erosão do solo e pela má regulação de captação de água nas bacias hidrográficas.
Mas ainda é possível ter esperança: “A comunidade científica e ambiental, as organizações não governamentais e o Ministério do Meio Ambiente ainda podem se conciliar com os defensores da reforma do Código Florestal”, ressaltam os autores.
“Para isso, será preciso melhorar a comunicação entre os segmentos da sociedade, desenvolvendo alternativas de gestão inteligente do uso do solo na matriz agropecuária existente e evitando, com isso, a expansão de novas fronteiras de desmatamento”, completam.




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Billings tem 8 vezes mais chumbo que o tolerável


Foto Adriano Sacchi
O braço Rio Grande da represa Billings, de onde é captada a maior parte da água que abastece a região,possui concentração oito vezes maior de chumbo que o tolerável por institutos internacionais, como a ACMA (Agência Canadense do Meio Ambiente).A toxidade foi verificada em pesquisa do Instituto de Biociências da USP.Além do chumbo, os pesquisadores constataram alta concentração de metais pesados como cobre(30 vezes mais que o tolerável),cádmio (9), cromo (5) e níquel (8).O contato direto a essas substâncias em altas concentrações traz riscos graves à saúde, como câncer e a nemia. A água que chega até as casas é tratada e, de acordo com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo),obedece critérios de avaliação que não permitem os metais pesados. Mas, para o pesquisador Marcelo Pompêo, o problema é grave e precisa da atenção do poder público.“Metais não são degradados pelo meio ambiente, e podem ser incorporados por organismos e acumulados nos tecidos de peixes,
por exemplo. Além do mais, caso os metais não sejam retidos pelas estações de tratamento de água, mesmo que em chances remotas, sempre há possibilidade de problemas à saúde”, disse. De acordo com o professor, o esgoto jogado na represa e o uso de algicidas (substância para combater algas) são as principais fontes dos metais pesados. “Se o Código Florestal fosse aplicado (respeitando a faixa de proteção ambiental no entorno da represa) e houvesse saneamento básico, o problema seria remediado”,afirmou.Pesquisa do Instituto de Biociências da USP mostra alta concentração de metais pesados nos sedimentos da represa Despejo de esgoto e algicidas são principais causadores do problema “A concentração de metais está em níveis que oferecem perigo aos seres vivos. Há necessidade de preocupação e contínuo monitoramento.”MARCELO POMPÊO, PESQUISADOR DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS DA USP
VANESSA.SELICANI
Jornal METROABC
Billings :: Histórico
A área ocupada atualmente pela Represa Billings foi inundada a partir de 1927, com a construção da Barragem de Pedreira, no curso do Rio Grande, também denominado Rio Jurubatuba. O projeto foi implementado pela antiga Light - "The São Paulo Tramway, Light and Power Company, Limited", hoje Eletropaulo, com o intuito de aproveitar as águas da Bacia do Alto Tietê para gerar energia elétrica na Usina Hidrelétrica (UHE) de Henry Borden, em Cubatão, aproveitando-se do desnível da Serra do Mar.No início dos anos 40, iniciou-se o desvio de parte da água do Rio Tietê e seus afluentes para o reservatório Billings, a fim de aumentar a vazão da represa e, conseqüentemente, ampliar a capacidade de geração de energia elétrica na UHE Henry Borden. Este processo foi viabilizado graças à reversão do curso do rio Pinheiros, através da construção das Usinas Elevatórias de Pedreira e Traição, ambas em seu leito. Esta operação, que objetivava o aumento da produção de energia elétrica, também mostrou-se útil para as ações de controle das enchentes e de afastamento dos efluentes industriais e do esgoto gerado pela cidade em crescimento.O bombeamento das águas do Tietê para a Billings, no entanto, começou a mostrar suas graves conseqüências ambientais poucos anos depois. O crescimento da cidade de São Paulo e a falta de coleta e tratamento de esgotos levou à intensificação da poluição do Tietê e seus afluentes que, por sua vez, passaram a comprometer a qualidade da água da Billings. Nos primeiros anos da década de 70 a Cetesb - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - é obrigada a iniciar as operações de remoção da mancha anaeróbica presente na Represa.Em 1982, devido à grande quantidade de esgotos, que resultaram em sérios problemas de contaminação por algas cianofíceas, algumas potencialmente tóxicas, surge a necessidade de interceptação total do Braço do Rio Grande, através da construção da Barragem Anchieta, para garantir o abastecimento de água do ABC, iniciado em 1958.

Fonte:De olho nos mananciais

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Medição de qualidade do ar está ultrapassada em São Paulo

Há 20 anos, São Paulo usa os mesmos parâmetros para classificar a qualidade do ar, mas índices mais atuais, como os da OMS (Organização Mundial da Saúde), indicam que os paulistanos respiram um ar muito mais prejudicial do que indicam os dados oficiais. A baixa umidade do ar, que chegou a 12% em agosto, teria uma classificação bem mais baixa nos EUA ou na Europa, segundo reportgem do jornal “Folha de S.Paulo”.
Os critérios utilizados amenizam a péssima qualidade do ar, como ocorreu no mês passado. Agosto foi o segundo mês mais seco desde 1940, mas as autoridades declararam que tudo estava dentro da normalidade.
Na capital, o número de internações por doenças respiratórias subiu 30%.
Segundo especialistas, os padrões de medida estão defasados e precisam mudar o mais breve possível.
A Cetesb, companhia ambiental do Estado, já analisa a mudança, mas não existe prazo. Os dados das 21 estações da Cetesb mostram que, em 2008 e 2009, não houve medição de ar considerada grave. Porém, segundo a OMS, todas as estações estiveram acima do padrão internacional.
Fonte:METRO