segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lagos do Parque Central continuam contaminados e assoreados


Os lagos do Parque Central se encontram contaminados por esgotos e também sofrem com o assoreamento,que é causado principalmente pela pista de Cooper, que canaliza as enxurradas,levando pedrisco,terra e serragem para os lagos. Na administração anterior a APC pediu que fossem feitos desvios nas pistas de Cooper evitando o assoreamento dos lagos,e também a destruição das pistas na época das chuvas. O então diretor do Dpav Sr. Vitor Mazetti alugou uma máquina, que trabalhou por uma semana (paga por hora) que fez os desvios e solucionou o problema.A nova administração, mesmo alertada pela Associação, desfez todo o trabalho, e agora os lagos se encontram novamente assoreados e as pistas começam a ser destruídas novamente.Quem paga esse prejuízo financeiro e a degradação ambiental?. Como sempre é a população de Santo André.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Propaganda "Ambiental" enganosa


Foram plantadas este ano no Parque Central uma média de 200 árvores. Onde estão as 1000 prometidas até o final do ano, como anunciado pelo DPAV? Árvores fantasmas?.
9/06/09- Plantio de árvores no Parque Central prossegue até o Dia do Meio Ambiente
Prossegue até 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o plantio de árvores no Parque Central. O trabalho da Prefeitura de Santo André, através do Departamento de Parques e Áreas Verdes (DPAV), começou nesta quarta (27/05), em comemoração ao Dia Nacional da Mata Atlântica.
O local está recebendo o plantio de mais de 100 árvores nativas, às margens dos lagos. A iniciativa faz parte do Programa de Recuperação das Matas Ciliares, que vai se estender pelo Parque, no entorno dos lagos, até a Semana do Meio Ambiente, em junho. A expectativa é de plantar aproximadamente mil árvores no local até o final do primeiro semestre deste ano. Site da Prefeitura.

SEXTA-FEIRA, 29 DE MAIO DE 2009
Santo André, SP: Parque Central ganhará 1000 árvores até o mês que vem
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
A Prefeitura de Santo André deu início ontem, ao plantio de 1000 árvores nativas às margens dos lagos no Parque Central. Os serviços que devem durar até o início de junho fazem parte das comemorações ao Dia Nacional da Mata Atlântica.
O trabalho de colocação das mudas é tratado como Programa de Recuperação de Matas Ciliares, por se tratar de áreas do entorno dos lagos. Entre a vegetação que será plantada na área estão araribás, aroeiras, pimenteiras, ipês e palmitos-jurassa. Todas as espécies são do viveiro do município.
"Há uma mistura de mudas de flores, frutíferas e de folhagens. Isso ajuda a ter também a aproximação dos pássaros para o parque", explicou a bióloga Carla Affonso, do Depav (Departamento de Áreas Verdes) de Santo André.
A Prefeitura estima plantar no Parque Central, até o fim deste semestre, cerca de 1000 árvores.

Convite

A Sociedade Amigos do Jardim Las Vegas e Adjacências
Convida os moradores (as) a participar de Audiência Pública no dia 30/11/09, segunda-feira, às15 h na Câmara de Vereadores do Santo André, para discutir os problemas da obra de canalização do Córrego Taioca e as moradias do Jardim Cristiane e demais problemas.

Compostagem

A compostagem é uma técnica milenar, praticada pelos chineses há mais de cinco mil anos. Nada muito diferente do que natureza faz há bilhões de anos desde que surgiram os primeiros microorganismos decompositores. Seguindo o exemplo da floresta, onde observamos que cada resíduo, seja ele de origem animal ou vegetal, é reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes para as plantas que, em última análise, são o sustentáculo da vida terrestre. Pois bem, quando procedemos com a compostagem estamos seguindo as regras da natureza e destinando corretamente nossos resíduos.Tradicionalmente a compostagem é vista como uma prática usual em propriedades rurais e centrais de reciclagem de resíduos. No primeiro caso é uma estratégia do agricultor para transformar os resíduos agrícolas em adubos essenciais para a prática da agricultura orgânica. No segundo é uma necessidade administrativa, que tem a intenção de diminuir o volume do material a ser gerenciado além de estabilizar um material poluente.No espaço urbano existe a crença de que lixo deve ser recolhido pela prefeitura e despejado em algum local onde possa feder e sujar a vontade. Esta realidade perversa está sendo mudada, graças às ações práticas de alguns municípios e pelos avanços nas leis e normas ambientais em nosso país.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Crianças nadam nos lagos poluídos do Parque Central


Pela falta de fiscalização, os lagos são utilizados pelas crianças para nadar.Além do risco de contrair doenças, sempre existe o risco de afogamentos, fato este que infelizmente já ocorreu.
A Prefeitura não realiza nenhum projeto de atividades de lazer,esportes e educação ambiental,para as crianças no Parque Central.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O DEPAV e o SEMASA estão enterrando o nosso dinheiro no Aterro Municipal!

E a Usina de Compostagem e Reciclagem prometida em campanha pelo Dr.Aidan?
Durante todo o ano milhares de viagens de caminhões levam a matéria orgânica retirada dos parques e praças da cidade para o Aterro Municipal.
Clique nas fotos para ampliar

Matéria orgânica que poderia ser compostada nos parques e praças da cidade é levada ao Aterro Sanitário,degradando o solo e gerando custos desnecessários.Foto APC 16/11/2009

Caminhão carregado no Parque Central para levar a matéria orgânica para o Aterro Sanitário Foto APC 17/11/2009


Na operação são utilizados caminhões da Prefeitura e também veículos terceirizados

Chegando no seu destino...

O Aterro Municipal
Primeiro ponto: Matéria Orgânica não é lixo, portanto não deveria ser levada para o Aterro Sanitário, ela deveria ser compostada e utilizada em seu próprio local de origem, contribuindo em muito para a melhoria do solo;
Segundo Ponto: Levar a matéria orgânica para o Aterro Sanitário gera um custo desnecessário de transporte e desperdício de mão de obra que é utilizada na operação;
Terceiro Ponto: Diminuir a vida útil do Aterro Municipal que já está comprometido e não pode ser ampliado devido a embargo judicial.A matéria orgânica contribui para a produção de chorume, onde atualmente o Aterro está com vazamento contaminando o Córrego Cassaquera.
De acordo com o Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, “lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor.”
Resíduos sólidos e seu tratamento Destaca-se a relatividade da característica inservível do lixo, pois aquilo que já não apresenta nenhuma serventia para quem o descarta, para outro pode se tornar matéria-prima para um novo produto ou processo.
O chorume, líquido produzido pela decomposição da matéria orgânica existente no resíduo, provoca a contaminação do solo e das reservas de água existentes
no subsolo (aquífero).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Manejo degradante do DEPAV não respeita a Fauna do Parque Central

A luta em vão da Marrequinha Irerê para tentar chocar seus ovos no Parque Central
IRERÊ

Nome científico: Dendrocygna viduata
Quanto mede: 35 cm
Onde vive: vivem na América do Sul e África
Filhotes: até 12 ovos
A marreca-irerê é uma das mais típicas marrecas do sul do Brasil, encontradas na região sendo, muitas vezes, avistada em bandos de quase 150 aves. Estão sempre alertas e prontas a dar alarme com insistente alarido. Possui uma máscara branca na cara, as asas são negras e largas e o bico, assim como os pés, são de coloração acinzentada.
Constrói os ninhos no chão, camuflados por arbustos e tufos de capim, onde podem colocar até 12 ovos.Alimenta-se de sementes e de pequenos invertebrados, os quais procura sempre próximo das margens dos lugares onde vive. Filtra a água e a lama com o bico serrilhado para ingerir pequenos invertebrados.
Fonte: www.curiosidadeanimal.com

20 de Outubro de 2009-Ao verificarmos a roçagem executada pelo Depav em um dos bosques do Pq.Central encontramos o ninho de Irerê destruído, pois a moita de capim que lhe servia de abrigo foi toda cortada.Mesmo assim a marrequinha não abandonou o seu ninho e continuou chocando seus ovos...

21 de Outubro de 2009-Em um dos raros momentos, em que o casal não estava chocando os seus ovos, pois o macho e a fêmea revezam nesta tarefa, verificamos que um deles já se encontrava quebrado...

25 de Outubro de 2009-Com o mato roçado e totalmente seco a sua volta, o casal persiste e não abandona o ninho, mesmo desprotegidos e expostos ao sol, a chuva e também aos predadores.

31 de Outubro de 2009-O casal de Irerês continua chocando seus ovos...

05 de Outubro de 2009-FINAL TRISTE!
Infelizmente como já prevíamos o ninho foi todo destruído por algum predador, mais uma vez a natureza não teve vez no Parque Central, devido ao manejo degradante executado pelo Depav.
Entendemos que o Parque Central é localizado em área urbana, mas é perfeitamente possível deixar a vegetação em algumas de suas áreas, principalmente nos bosques, para que as aves e os pássaros possam criar e se alimentar, inclusive já fizemos esta solicitação na Carta de Manejo protocolada por três vezes no DEPAV pela nossa entidade.
Se faz necessário um trabalho de educação ambiental junto aos usuários do parque, pois muitos sem saber destas questões solicitam a roçagem em todas as áreas do local.
Como podemos ver abaixo, o fato se enquadra na Lei de Crimes Ambientais;
Lei Federal 9.605 de 12 de Fevereiro de 2008
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
Artigo 225, § 1º, VII da Constituição Federal brasileira, “incumbe ao Poder Público proteger a flora e a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade”.
Denunciamos o fato a Polícia Militar Ambiental e ao cobrarmos uma atitude por telefone obtivemos a seguinte resposta do policial que nos atendeu:
_ O meu senhor, o que o senhor quer que eu faça?
Encontramos a frase abaixo em um trabalho sobre meio ambiente, ela reflete a realidade de como são tratadas as questões ambientais em nosso país;
ESQUECEM-SE QUE SE NÃO FOR DADA A REAL IMPORTÂNCIA E PRIORIDADE
ÀS COISAS AMBIENTAIS, EM UM FUTURO MUITO PRÓXIMO, DELITOS COMO
ROUBAR, MATAR, SEQUESTRAR, NÃO TERÃO TANTA IMPORTÂNCIA, JÁ QUE
NÃO HAVERÁ O QUE COMER, O QUE BEBER, NEM O QUE RESPIRAR.
Autor: FLÁVIO AZEVÊDO DE OMENA
Sargento da Polícia Militar Ambiental do Estado de Alagoas

Clique aqui e saiba mais sobre a Marrequinha Irerê

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Alerta Aquecimento global

Em janeiro deste ano chegou a fazer 44 graus centígrados na Austrália, as fotos abaixo mostram o desespero dos coalas para conseguir água.A Ganância e a estupidez humana estão acabando com o nosso planeta!!!





quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A cada dia que passa perdemos mais um pouco do que nos restou da tão preciosa Mata Atlântica!Leia mais

Em plena época de aquecimento global, vemos mais este triste exemplo de desprezo ao meio ambiente em nosso estado.

Ao contrário do que diz o twitter de Xico Graziano, secretário do meio ambiente do Estado de São Paulo, não foi um sucesso a "reunião pública" que ele promoveu nessa quinta-feira na sede da Secretaria. Poucas pessoas, pouca representatividade, nenhuma pergunta, muitos assessores e representantes de Alphaville e pouquíssimos moradores. O relato de um deles, que aliás assina o post anterior a esse, sintetiza tudo o que aconteceu na "reunião" e o secretário escondeu no seu twitter.
por Sérgio Túlio Caldas

domingo, 1 de novembro de 2009

Clique no título e saiba mais sobre o que está acontecendo em Brasília, a farsa do setor noroeste!


“O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.”
Martin Luther King

Denúncia Grave; no Brasil os poderosos não respeitam as leis, vejam este absurdo que está acontecendo em plena capital federal!Clique no título

Intimidação contra os índios usando o aparato público, ou seja a Polícia Civil,desrespeito a uma decisão do Ministério Público Federal, incêndio criminoso, índio desaparecido, precisa de mais?
As leis do nosso país são só para o cidadão comum cumprir?

Poluição torna escassos os peixes, aves e anfíbios na região da Billings.Clique no título e leia mais


Vida no manancial é ameaçada pela contaminação de fósforo, cobre e mercúrio, segundo estudo da Cetesb
Eduardo Reina
Peixes, aves e anfíbios que habitam a Represa Billings correm o risco de desaparecer por causa da poluição por fósforo, cobre e mercúrio, elementos encontrados em altas concentrações, o que vem degradando ano a ano a qualidade desse manancial de 9.600 hectares. Segundo o Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática (IVA), elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), em 2008, na maior parte do corpo do reservatório a água foi classificada como ruim e regular, com exceção do Ribeirão Pires, com qualidade péssima no ano passado. A situação se repete há anos.
Pescadores reclamam da escassez de tilápias, guarus, lambaris e traíras. Moradores do entorno do manancial, estudiosos e ambientalistas falam do perigo do desaparecimento de quatro tipos de aves em extinção que dependem de áreas alagadas e de várzeas: garça-azul, gavião-asa-de-tilha, carqueja-de-bico-manchado e maçarico-do-campo. No corpo da represa, nos rios e riachos afluentes, são vistas com cada vez menos frequência pererecas, pererecas-verdes e rãzinhas-de-barriga-colorida.
O fósforo é originado do despejo de esgoto in natura no corpo d"água, principalmente na região da cidade de Ribeirão Pires, que tem parte do esgoto doméstico tratada numa estação local que será desativada. Mas a maior parte das residências ainda não está ligada ao sistema coletor da Sabesp. O fósforo degradou em demasia o Ribeirão Pires, um dos afluentes do trecho Rio Grande da Billings.
Nessa situação, a água apresenta alta produtividade de micro-organismos. Com isso, perde transparência, fica com qualidade alterada e propícia para a procriação exagerada de algas. Em 2008, o fósforo apresentou uma concentração média de 0,648 micrograma por litro, segundo a Cetesb. A concentração média dos últimos cinco anos foi de 0,592 mg/l.
E a proliferação de algas por causa dos altos índices de fósforo levou a um outro problema: a concentração de cobre. Esse metal, encontrado no braço do Rio Grande, é proveniente dos produtos utilizados pela Sabesp para controlar a proliferação de algas. É nesse trecho que se faz a captação de água para abastecimento da população.
O IVA mostra que, apesar desses problemas, no Reservatório do Rio Grande e no braço do Taquacetuba houve uma ligeira melhora no índice, quando comparado ao resultado do ano anterior, mas também foi encontrada contaminação.
MAIS POLUIÇÃO
Também foram observadas no Ribeirão Pires concentrações de fenóis totais acima do limite máximo estabelecido pela legislação. Fenóis são compostos orgânicos provocados por despejos de efluentes industriais. São compostos tóxicos aos organismos aquáticos, em concentrações bastante baixas, e afetam o sabor dos peixes e a aceitabilidade das águas por conferir sabor e odor muito pronunciados, em especial os derivados do cloro. Para os seres humanos, o fenol é considerado prejudicial à saúde - a ingestão causa náusea, vômito e dores estomacais.
Apesar da qualidade boa em relação ao IQA, outro metal pesado encontrado durante a elaboração do estudo é o mercúrio, principalmente na bacia de drenagem do Rio Grande. A concentração observada em março de 2008 - 0,2 mg/l - ultrapassou o limite máximo estabelecido por lei, de 0,1 mg/l. Porém, segundo a Cetesb, avaliando-se as concentrações de mercúrio total nesse ponto desde 2005 - ano em que houve uma padronização na metodologia de análise -, observou-se somente uma ocorrência, em março de 2006, de concentração de mercúrio total em desconformidade com a legislação. No ponto da Billings utilizado para abastecimento público, garantem técnicos da Cetesb, não foi observada nenhuma desconformidade com a legislação em relação ao mercúrio total ao longo do ano de 2008.
FÓRMULA
A Cetesb utiliza uma fórmula matemática que tem muitas variáveis para elaborar o Índice de Qualidade da Água (IQA). Trata-se de um indicador de qualidade de águas doces para fins de abastecimento público, obtido a partir de uma fórmula matemática que usa como parâmetros a temperatura, o pH, o oxigênio dissolvido, a demanda bioquímica de oxigênio, a quantidade de coliformes fecais, o nitrogênio, o fósforo, os resíduos totais e a turbidez, todos medidos na água.
A classificação, segundo as faixas estabelecidas pela Cetesb é: ótima (de 80 a 100); boa (de 52 a 79); regular (de 37 a 51); ruim ( 20 a 36) e péssima (0 a 19). Quanto maior o valor do IQA, melhor a qualidade da água. Esse indicador foi adaptado e desenvolvido pela Cetesb, a partir de um estudo realizado em 1970 pela National Sanitation Foundation, dos Estados Unidos.

Congresso pode extinguir leis ambientais

07/10/2009 às 05:00
As ONGs e alguns parlamentares estão segurando a onda como podem, mas o desmonte inacreditável da legislação ambiental brasileira caminha a passos largos e não tem estratégia de protelação que chegue. A coisa é tão grave, mas tão grave, que não vai dar pé sem uma forcinha da opinião pública. Então vamos lá.
Os ruralistas resolveram instaurar uma comissão especial para aprovar a reforma da legislação ambiental. Dos 18 titulares da comissão, 10 são da turma deles. Não obstante, queriam eleger também o presidente e o relator, contra o que PV e PSOL protestaram.
São vários os projetos de lei a serem avaliados, mas o favorito é o 5367/09, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), oriundo do mesmo estado que regularizou a ocupação em áreas de preservação permanente, que por sua vez são as mesmas que estão desabando sobre as cabeças dos catarinenses.
Já falei aqui que eu gosto de fazer o trabalho sujo para o qual pouca gente tem paciência. E lá fui eu ler todas as dezenas de páginas do PL. Agora conto pra vocês o resumo em linguagem de fim de semana:
- O projeto extingue todas as principais peças da legislação ambiental como a Política Nacional do Meio Ambiente, o Código Florestal, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, entre outros, e substitui tudo por uma coisa chamada Código Ambiental.
- Acaba com qualquer obrigação dos proprietários rurais de preservar mata nativa. Pode passar trator em tudo. Vegetação é coisa só para as unidades de conservação. Com exceção da mata ciliar, mas cada estado decidiria por conta própria o tamanho da faixa protegida, sem limite mínimo. E desde que ninguém queira derrubar, porque se quiser, também pode.
- Se a população quiser que sobre alguma coisa de pé em áreas privadas, o governo vai ter que pagar e só se o propriterário concordar. Nada sai de graça nessa vida, afinal, como diz o PL, o agronegócio é atividade "de interesse social". Ah tá, e o patrimônio natural não é não?
- O Conselho Nacional de meio Ambiente deixa de ter caráter deliberativo, passa a servir apenas para consulta, submetido a uma hieraquia chamada Sistema Nacional de meio Ambiente (SISNAMA), cuja autoridade máxima é Conselho de Governo, um órgão ligado ao presidente da República. Repare: quem dá a última palavra não é o Ministério do Meio Ambiente, que é muita ONG pro gosto deles.
- Todo e qualquer licenciamento ambiental teria que ser concluído em 60 dias. Depois desse prazo, o pedido de licença está automaticamente deferido, olha que beleza.
- Áreas de preservação permanente, como mangues, restingas, topos de morro e várzeas passam a se chamar "áreas frágeis". O que significa que são protegidas, até que alguém queria fazer ali uma obra. Aí não é mais protegido. Para isso, rola o licenciamento por parte do órgão ambiental, aquele dos 60 dias.
Preciso dizer mais alguma coisa?

Conheçam o Urutau, a "ave fantasma".Clique no título.

Compensação da compensação!!! Ver para crer...


Foto:Pedal Verde
Fala-se muito em compensação ambiental, mas pouca coisa está sendo feita de concreto.O problema maior é: aonde vão ser feitas estas compensações?Pois já não existem áreas disponíveis para este fim.
Uma obra prevista para compensar os estragos ambientais da ampliação da marginal Tietê vai precisar de sua própria compensação ambiental, já que sua construção vai exigir a derrubada de 8.137 árvores, quase 60% delas nativas do Estado.
Para a construção da estrada-parque, o governo optou pela medida mais barata: derrubar a vegetação.
A compensação para esse "estrago" será o plantio na área do mesmo número de árvores cortadas. Todas devem ser de espécies nativas.