quarta-feira, 28 de abril de 2010

Até quando o Governo do Estado vai deixar a APA Chácara da Baronesa abandonada?

Em mais uma matéria, desta vez do Jornal Bom Dia, novamente fica explícito o total estado de abandono em que o Governo do Estado de São Paulo está deixando a Área de Proteção Ambiental Chácara da Baronesa, também conhecida como Haras São Bernardo.Mesmo sendo a única APA em área urbana da nossa região, e também ser tombada pelo Patrimônio Histórico, esta importante área verde é tratada com total descaso.Praticamente quase todo o seu rico patrimônio histórico está deteriorado,as suas cercas destruídas permitem o livre acesso ao seu interior para a prática de vandalismo e outros atos criminosos, como a caça de animais silvestres.
Depois que foi anunciada a gestão compartilhada entre o Estado de São Paulo e a Prefeitura de Santo André parece que as coisas pioraram ainda mais, pois agora fica claro o jogo do empurra, onde ninguém faz nada.Mais um exemplo da preocupação dos nossos políticos com a nossa qualidade de vida.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O que houve com Aldo Rebelo e nosso código florestal?

Você, ciberativista, fez pressão on-line e deu resultado: depois de receber milhares de e-mails em poucos dias, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator da Comissão Especial que tenta alterar o Código Florestal, resolveu olhar melhor onde está pisando.
Na última terça-feira, o deputado não entregou o documento com mudanças sugeridas para o Código Florestal, lei que protege as florestas brasileiras. Ele até tentou dividir a responsabilidade com os membros da comissão especial, principalmente ruralistas, e disse que entregará o relatório quando eles quiserem. Mas a verdade é que Aldo Rebelo ainda tem o relatório – e o destino das florestas do país - em suas mãos.
Muito obrigado a você que enviou um e-mail ao Aldo pedindo para que ele não altere o Código Florestal. Você mostrou que a legislação ambiental não pode ser alterada para beneficiar a apenas alguns interesses, como os da bancada da motosserra.
Se você está se inteirando do assunto agora, segue um resumo do que está acontecendo:
Aldo tinha a intenção de apresentar seu relatório na terça-feira passada, dia 13 de abril, compilando os diferentes projetos em torno do Código Florestal em uma única proposta. Mas, durante a audiência, ele mudou seu discurso.
Disse que sentiu “o peso da responsabilidade” (com certeza - o peso de milhares de mensagens de protesto) e afirmou que nem sequer pediu a relatoria. Avisou que o assunto não era sua especialidade, assumindo que não tem conhecimento aprofundado sobre o Código Florestal e precisou estudar.
Apesar dessa declaração, já é possível ouvir o barulho da motosserra quando Aldo fala sobre nossas florestas.
Pelos seus depoimentos à imprensa, podemos esperar que sua proposta favoreça os grandes desmatadores, que desejam empurrar a agricultura e a pecuária para dentro da Amazônia e para o que sobrou de vegetação nativa em outros biomas brasileiros, pisando nos interesses dos brasileiros: a preservação da natureza.
Então, se você ainda não assinou a petição on-line, ainda dá tempo e é muito importante. A história não acabou.
Aproveite e navegue pelo novo site do Greenpeace, que permite a você participar de outras ações e exercer seu lado ativista.
Rafael Cruz Coordenador da campanha da Amazônia Greenpeace

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Qualidade do ar cai nas cidades do ABCD

ABCD Maior - 20/04/2010
Por: Camila Galvez (camila@abcdmaior.com.br)
Tempo seco prejudica dispersão de poluentes e aumenta risco de problemas respiratórios
A falta de chuvas na Região prejudicou a dispersão dos poluentes e,consequentemente, a qualidade do ar. Em todos os pontos monitorados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) no ABCD nesta terça-feira (20/04), o índice foi apontado como regular.
De acordo com a Cetesb, a previsão é que as condições climáticas continuem
desfavoráveis à dispersão dos poluentes dióxido de enxofre, partículas inaláveis, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono e ozônio. O motivo é a falta de chuvas em toda a Região Metropolitana de São Paulo.
Quando a qualidade do ar está regular, pessoas com doenças respiratórias podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço,ardência nos olhos, boca e nariz. Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, crianças e idosos são os mais afetados pela baixa umidade do ar e, por isso, é necessário atenção especial a esses dois grupos de pessoas. O cuidado essencial, neste caso, é incentivar a ingestão de
bastante água (cerca de dois litros ao dia), além de sucos naturais feitos de maneira adequada e água de coco.
A Secretaria também indica manter a higiene doméstica, estimular o consumo de alimentos frescos, dormir em local arejado e umedecido, evitar banhos com água muito quente e usar sempre cremes hidratantes.
Em caso de irritação das vias aéreas e dos olhos, deve-se usar soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas.

O jogo de cartas de Belo Monte.Leia mais

Por Efraim Neto
De história antiga e localizada em uma das regiões de maior diversidade biológica e cultural do país, a região conhecida como Volta Grande do Xingu, UHE de Belo Monte é alvo de um jogo de cartas que parece não ter fim...

Índios preparam invasão de área da usina de Belo Monte

19/04/2010 AGNALDO BRITO - Enviado especial a Altamira (PA)
Os índios da bacia do médio Xingu preparam a ocupação do Sítio Pimental, uma ilha localizada a 40 quilômetros de Altamira (Pará) onde será construída a barragem principal e a casa de força auxiliar da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Segundo a Folha apurou, a ação está sendo articulada para ocorrer...
Os índios da bacia do médio Xingu preparam a ocupação do Sítio Pimental, uma ilha localizada a 40 quilômetros de Altamira (Pará) onde será construída a barragem principal e a casa de força auxiliar da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Segundo a Folha apurou, a ação está sendo articulada para ocorrer ainda nesta semana, provavelmente amanhã (20), dia do leilão da obra. Nestes dias é comemorada a Semana do Índio. Hoje, 19 de abril, é o Dia do Índio. Entidades ambientalistas apoiam o ato, pois consideram a ação uma forma de resistência pacífica ao empreendimento.
O leilão será realizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em Brasília. Dois consórcios estão na disputa, o primeiro formado por Vale, Votorantim, Neoenergia, Andrade Gutierrez e as estatais Furnas e Eletrosul, e o segundo com Queiroz Galvão, Gaia (uma subsidiária do Grupo Bertin), a estatal Chesf e mais seis empresas.
A decisão indígena de levar adiante esse ato desafiador contra o governo brasileiro foi tomada em reunião reservada realizada por lideranças de várias etnias em encontro na Terra Indígena Arara da Volta Grande do Xingu, na semana passada, durante a visita da comitiva do cineasta James Cameron. Os "brancos" não participaram da reunião.
A articulação para a ocupação da área prevê a mobilização de ao menos 140 indígenas ligados a pelo menos duas etnias que vivem na região, entre os quais os Xikrin e os Caiapós, este um dos grupos indígenas que mais se opõem à barragem. Caiapós do Mato Grosso podem engrossar o movimento.
A ocupação criará um embaraço ao governo, que, no limite, poderá ser obrigado a intervir para retirá-los das áreas quando as obras tiverem início.
A reportagem da Folha apurou que há ainda a negociação entre lideranças indígenas a fim de atrair outras etnias para ocupar o Sítio Pimental e outras áreas da chamada Volta Grande, a região que será a mais atingida com a construção das barragens e com a operação da hidrelétrica. Os Jurunas da Terra Indígena Paquiçamba também poderão integrar a força de ocupação, embora haja divisão na tribo.
Congresso
O objetivo dos nativos com a invasão de um território não considerado terra indígena é o de chamar a atenção da sociedade brasileira e mundial para a mudança que representará a construção de um projeto que custa pelo menos de R$ 19 bilhões e levará dez anos para ficar pronto. Além da publicidade internacional com a ação, a comunidade indígena também quer, com o ato, envolver o Congresso.
Para os indígenas, o parlamento brasileiro ignorou até agora o assunto. Pela Constituição Brasileira, só o Congresso tem prerrogativa de autorizar ou negar a instalação de projetos que afetem a vida dessas comunidades. Eles alegam, entretanto, que não foram ouvidos pelo Legislativo e exigem agora a participação de uma comissão bicameral para tratar do assunto.
Os indígenas se consideram enganados por autoridades do governo, que, por sua vez, consideraram que eles foram ouvidos durante o conturbado processo de licenciamento ambiental.
A reportagem da Folha acompanhou, em setembro de 2009, três audiências públicas realizadas na região da Volta Grande do Xingu nos municípios de Brasil Novo, Vitória do Xingu e Altamira. Pintados, os indígenas participaram apenas de audiência pública realizada num ginásio em Altamira. Ficaram pouco tempo. Escoltados pela Força Nacional de Segurança, eles abandonaram a audiência. Apenas algumas lideranças falaram no encontro.
Entre as dezenas de versões de aproveitamento hidrelétrico do rio Xingu, apenas a última versão que vai a leilão, de acordo com estudo apresentado ao Ibama, não irá alagar terras indígenas. Mas ainda que o lago de 516 quilômetros quadrados não alcance áreas de reserva, a construção e a operação da usina podem alterar o modo de vida dessa população.
Atingidos
Pelo menos duas reservas estarão suscetíveis a impacto direto do empreendimento: as terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande, nas margens esquerda e direita do rio Xingu, respectivamente. Outra área, chamada de Terra Indígena Trincheira Bacajá, localizada às margens do rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu), também pode sofrer reflexos da mudança do regime de vazão do rio.
Segundo os estudos da Eletronorte, a barragem principal prevista para ser erguida no Sítio Pimental vai reduzir substancialmente a vazão do rio Xingu. A água represada pela barragem será drenada por dois imensos canais para o interior da Volta Grande, onde hoje propriedades rurais exploram a cultura do cacau e a pecuária.
No período seco, a vazão será de 700 metros cúbicos por segundo, e, nos períodos de cheia, o operador da usina terá de intercalar a liberação de água em volumes de 4.000 metros cúbicos no primeiro ano e de 8.000 metros cúbicos no segundo ano _e repetir essa variação ao longo do tempo. A mudança do regime de vazão do rio é apontada por especialistas como um dos mais graves problemas a serem gerados após o início de operação da barragem.
A avaliação dos indígenas e de especialistas é a de que, com a redução do fluxo de água no Xingu, o rio Bacajá terá reduzido o seu nível, comprometendo a navegação e a pesca na região. O mesmo efeito ocorrerá, segundo a oposição ao empreendimento, ao longo dos cem quilômetros do rio, até a região de Belo Monte, onde a água drenada do Xingu para dentro da Volta Grande será devolvida ao leito natural do rio após gerar energia nas 18 ou 20 turbinas que serão instaladas na casa de força principal.
Notícia publicada no jornal Folha de São Paulo

terça-feira, 13 de abril de 2010

Venha conhecer um pouco da história do Parque Central e da APC

O princípio "ganha-ganha" por Leonardo Boff.Leia mais

Se olharmos o mundo como um todo, percebemos que quase nada funciona a contento. A Terra está doente. E como somos, enquanto humanos, também Terra (homem vem de humus), nos sentimos também, de certa forma, doentes...

Vejam a situação do Núcleo Espírito Santo em Santo André

JORNAL DA GLOBO
09/04/10 - 23h59 - Atualizado em 10/04/10
Favela em São Paulo também foi construída sobre antigo lixão
Em São Paulo também há um Morro do Bumba. Uma favela construída sobre o lixão.
Walace Lara Santo André, SP
Na Favela do Espírito Santo não basta apelar por proteção divina. O perigo vem do chão. "Nós estamos instalados em cima de uma bomba relógio".
Todas as casas foram construídas sobre o antigo lixão de Santo André, no ABC paulista. Um terreno instável, semelhante ao do Morro do Bumba, em Niterói. "Esse líquido que corre embaixo do carro, é tudo lixo".
Apesar de todo o risco, a favela continua crescendo. Um morador, por exemplo, pretende erguer um novo barraco e ele já retirou do solo uma montanha de lixo. "Quando eu desmontei aqui não aparecia tanto lixo entendeu, mas depois que foi cavando que apareceu mais", conta o pintor, José Leandro dos Santos.
O problema é antigo. Há dez anos (13/12/1999) o repórter Walace Lara esteve no mesmo local.
Lixo, barraco, gente, muita gente. São 1.300 famílias. Neste local a cidade do progresso ainda não chegou. "O meu marido está desempregado e a gente veio para cá por caso de necessidade. Não tinha para onde ir", conta uma moradora, Marlinda Tavares.
De lá para cá, ninguém foi retirado das áreas de risco. O Ministério Público determinou que a prefeitura removesse 622 famílias até dezembro de 2010. Para as demais deveriam ser garantidas obras de infraestrutura e eliminação de risco.
Dona Marlinda já mudou, mas não porque recebeu uma casa nova. Ela buscou abrigo na casa da filha depois que a dela rachou inteira. "Procurei vários lugares da prefeitura e nunca resolveu. Falaram que ia resolver e nunca resolveu e a gente continua aqui".
Na prefeitura, ninguém quis falar. Por nota, informaram que "ao assumir a gestão da cidade", em 2009", descobriram que "a verba destinada às obras tinha cláusula suspensiva". O motivo? "A não utilização dos recursos no prazo".
"Eu tenho medo de a minha casa desabar a qualquer momento. Tenho medo de estar dormindo e ela cair em cima da gente", diz a moradora, Liléia Nunes de Jesus.
Medo que depois da tragédia de Niterói agora é de muitos. "Quando há um tipo de uma tragédia muito triste como está havendo no Rio de Janeiro, todo mundo se comove, mas acho que as pessoas tem que se comover antes que aconteça".

Vejam o que acontece quando os nossos poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário empurram uma situação tão grave com a barriga