quarta-feira, 25 de maio de 2011

Clique aqui e acesse o Link do OECO e veja a lista de deputados que votaram a favor das mudanças no Código Florestal


Mercenários comemoram a aprovação das mudanças no Código Florestal, eles garantiram mais dinheiro para as suas campanhas políticas.

Mais uma Vergonha para o Brasil!Ambientalistas são mortos no Pará

No Brasil terra sem lei onde reina a impunidade, quem defende o nosso patrimônio ambiental e contraria os interesses ecônomicos, tomba junto com a floresta.Agora foi a vez do casal de ambientalistas do Pará que foram covardemente assassinados por pistoleiros.Além disto temos o desgosto de amargar a destruição do Código Florestal pela maioria dos nosso deputados, verdadeiros mercenários!, sem dúvida eles mostraram de que lado estão, ou seja a favor dos grandes interesses econômicos e contra o patrimônio ambiental brasileiro e toda a sua biodiversidade.Vergonha!!!

Neste vídeo o ambientalista José Cláudio Ribeiro da Silva já anunciava que era só questão de tempo o seu assassinato.
Líderes camponeses no Pará foram mortos em emboscada, afirma polícia; ameaças de madeireiros serão analisadas
Janaina Garcia Do UOL Notícias Em São Paulo
O casal de líderes camponeses assassinado na manhã desta terça-feira (24) em Nova Ipixuna, sudeste do Pará, foi vítima de uma emboscada. A avaliação é da Polícia Civil da cidade, que esteve no local do crime e constatou que José Claudio Ribeiro da Silva e a mulher, Maria do Espírito Santo da Silva, foram mortos com tiros de espingarda em tocaia armada na estrada rural por onde passavam, rumo à área urbana.
Silva e a mulher integravam o projeto de assentamento agroextrativista Praialta-Piranheira, criado na região em 1997 e que trabalhava principalmente com produtores de castanha. Líder da associação de camponeses da região, ele se tornou conhecido por denunciar a ação de madeireiros ilegais na floresta amazônica. Apesar de denúncias feitas em público, no entanto, nenhum deles tinha proteção policial.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Marcos Augusto Cruz, os corpos foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) local para exame de necropsia que apontará, por exemplo, quantos disparos cada um recebeu. Ambos eram da vizinha Marabá, também no Pará.
Conforme Cruz, nos próximos dias familiares e outras pessoas próximas aos líderes camponeses serão chamados a depor nas investigações. Além disso, afirmou o delegado, as denúncias de ameças relatadas por Silva ao MPF (Ministério Público Federal) e supostamente recebidas por ele de madeireiros serão analisadas “uma a uma”. “Vamos pormenorizar essas ameaças para seguir as investigações”, resumiu o policial.
Indagado sobre o motivo de o casal --que há anos militava contra a exploração feita pelos madeireiros --não ter contado com algum tipo de proteção da polícia, uma vez que já teria sido ameaçado de morte em outras oportunidades, o delegado atribuiu a situação à falta de efetivo.
“A extensão [territorial] aqui é grande; temos dois investigadores no efetivo, é complicado --além disso, a delegacia atende também a cidade de Jacumbá, a 50 km de Nova Ipixuna”, justificou.
Histórico
Em novembro do ano passado, quando foi palestrante no TEDX Amazônia(espécie de fórum internacional que reuniu mais de 400 pensadores de diversas áreas do conhecimento sob o tema da qualidade de vida no planeta), Silva já havia dito ao público o risco que corria: “A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes (líder ambientalista assassinado em 1988) querem fazer comigo; a mesma coisa que fizeram com irmã Dorothy Stang (missinária norte-americana assassinada no Pará em 2005) querem fazer comigo. Posso estar falando hoje com vocês e daqui um mês vocês podem ver a notícia que eu já faleci”, sentenciou.
Na palestra, Silva disse que em 1997, quando foi criado o projeto de assentamento extrativista, a cobertura vegetal na região chegava a 85% do território, com florestas nativas de castanha e cupuaçu. “Hoje resta pouco mais de 20% dessa cobertura”, disse ele, que se auto-denominava castanheiro desde os sete anos. “Vivo da floresta, protejo ela de todo jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora porque eu vou pra cima, eu denuncio (...) Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo pra serraria me dá uma dor --é como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida pra mim que vivo na floresta e pra vocês também, que vivem nos centros urbanos”, disse.
Sobre a sensação de medo diante das ameaças que afirmava sofrer, o castanheiro resumiu, na palestra: “Medo eu tenho, sou um ser humano, mas o meu medo não empata de eu ficar calado. Enquanto eu tiver forças pra andar, estarei denunciando todos aqueles que prejudicam a floresta”.