sábado, 19 de setembro de 2009

Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, não apresentaram projetos de arborização.










Região terá 48 mil novas árvores
Vegetação em Diadema: Administração promete fechar 2009 com 8 mil novas árvores plantadas. Foto: Luciano Vicioni
Plantio é feito em S.Bernardo, S.Caetano e Diadema; boa notícia para comemorar Dia da Árvore
O ABCD fechará 2009 com pelo menos 48 mil novas árvores, uma boa notícia para comemorar o Dia da Árvore, nesta segunda-feira (21/09). O plantio está sendo feito por três cidades da Região: São Bernardo, São Caetano e Diadema.
O plantio pode ajudar a região a alcançar a marca de 12 m² de área verde por habitante, número considerado por especialistas como o ideal para uma vida saudável. De acordo com o último censo realizado, em 2000 – o próximo será em 2010 – São Bernardo tem em seu perímetro urbano uma média de 0,25 m² de área verde por habitante. Já São Caetano tem 1,5 m² e Diadema, 10 m². As prefeituras dos três municípios informam que os dados estão defasados e que o próximo levantamento mostrará que a área verde por habitante nas cidades já é bem maior.
O maior programa é o de São Caetano, que promete terminar o plantio de 25 mil árvores até dezembro. Até agora, 20 mil mudas já podem ser vistas pela cidade, afirmou o secretário de Meio Ambiente de São Caetano, Osvaldo Ceoldo.
Diadema vai ganhar 8 mil novas árvores. Mutirões de plantio vem sendo feitos por meio de projetos como o “Viva Vida Verde”, compensação ambiental que conta com a participação de servidores municipais e outros voluntários. A Administração também articula o Plano Diretor de Arborização Urbana, para definir o manejo de plantio e retirada de vegetação na cidade.
Até dezembro, São Bernardo terá 14 mil novas árvores, sendo que 2 mil já foram plantadas. Além disso, o Departamento de Meio Ambiente está fazendo um levantamento arbóreo em algumas avenidas da cidade, em parceria com a Secretaria de Serviços Urbanos, para definir a rearborização da cidade. Isso porque muitas árvores não foram cuidadas nos últimos anos e já estão mortas. As espécies serão substituídas.
A arborização da Região também ganhou apoio da Metra, empresa concessionária de transporte intermunicipal, que plantou em agosto mil mudas no corredor de trólebus, que corta o ABCD, aumentando assim o Corredor Verde, projeto iniciado em 2008.
Procurados pelo ABCD MAIOR, os outros municípios (Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) não apresentaram projetos de arborização.
A delegada da região Sudeste da SBAU (Sociedade Brasileira de Arborização Urbana), Eliane Guaraldo, explica que em cidades como as do ABCD, que são predominantemente industriais, houve dificuldade em implementar programas de arborização. “No Brasil, o interesse por jardins nasce somente no fim do século 18, com o objetivo de preservação e cultivo de espécies, influenciado pela Europa. Mas isso ocorreu somente nas grandes capitais. Em cidades que começaram a crescer no século 20, como é o caso das que ficam no ABCD, houve a passagem direta da fase rural para o super desenvolvimento econômico”, explicou.
Padrão
O pesquisador Francisco José Zorzenon, especialista em Entomologia Urbana do Instituto Biológico de São Paulo, explica que a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que as cidades tenham, no mínimo, 12 m² de área verde por habitante. “E esse é o padrão que indicamos”, afirmou. De acordo com Zorzeon, as árvores podem ser consideradas agentes antimicrobianos. “Agem ainda contra a poluição atmosférica, sonora e visual.”
Por: Paula Cristina (paula@abcdmaior.com.br)