sábado, 28 de fevereiro de 2009

Polícia Ambiental autua Prefeitura de Sto.André


Por: Renan Fonseca (renan@abcdmail.com.br)


Canteiro sem vegetação da praça 4º Centenário, onde fica a Prefeitura de Santo André. Foto: Luciano Vicioni.
Inquérito policial vai apurar corte e remoção de vegetação do Paço Municipal e determinar sanções
A Prefeitura de Santo André cortou e removeu e vegetação nativa e exótica da praça 4º Centenário, onde fica o Paço Municipal, sem licença. A afirmação é da Polícia Ambiental, que flagrou a ação da Administração nos dias 22 e 23 de fevereiro e levou o caso para o 1º Distrito Policial do município, onde registrou um boletim de ocorrência. O documento será encaminhado para o MP (Ministério Público). A Prefeitura de Santo André não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com a comandante do pelotão ambiental do ABCD, Paola Wohnrath Mele, no ato da autuação, a Administração apresentou uma licença expedida pelo Semasa (Saneamento Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), autarquia da Prefeitura, datada de 25/02. “Mas a retirada da vegetação foi feita no domingo e na segunda-feira (22 e 23/02). Portanto, o documento não tem validade”, afirmou a policial. Os crimes promovidos pela Prefeitura ferem a Lei de Crimes Ambientais, 9.605/98, como explicou Paola.
A responsável pelo pelotão ambiental da Região informou ainda que a autuação está baseada no artigo 49 da lei. A legislação rege que é crime “destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia”.
A pena para estes tipos de caso é “detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. No crime culposo (sem intenção), a pena é de um a seis meses, ou multa”. O comando policial informou ainda que o inquérito irá apontar a possibilidade de alguma autoridade da Prefeitura ser penalizada.
Nos próximos dias, um inquérito policial será aberto para apurar os fatos e determinar as sanções para a Prefeitura. A comandante também confirmou a poda de um exemplar de pau-brasil. “A perícia está estudando a poda para sabermos se foi um corte drástico ou se foi feito com a finalidade de salvar a planta. Neste caso, a árvore deveria apresentar desgastes antes da poda”, ressaltou Paola.
Repercussão - Já são duas denúncias contra a administração do prefeito Aidan Ravin (PTB) desde que deu início ao projeto de remodelação do paisagismo da praça 4º Centenário. Toda a ação foi realizada durante o feriado de Carnaval. Além do policiamento ambiental, ambientalistas da Associação Amigos do Parque Central registraram denúncia no Ministério Público.
O promotor de Justiça do Meio Ambiente, José Luiz Saicali, encaminhou ofício à Prefeitura pedindo esclarecimentos sobre o caso. Entretanto, até a tarde desta sexta-feira (27/02), a Administração não havia respondido ao promotor.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Frase da Semana

"Bom caráter é para ser mais enaltecido do que talento extraordinário. A maioria dos talentos é de uma certa forma um dom. Bom caráter, em contraste, não nos é dado. Temos que construi-lo peça por peça... por pensamentos, escolhas, coragem, e determinação."
( John Luther )

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Grumixama


Nome científico: Eugenia brasiliensis
Família: Mirtáceas
Nome comum: grumixameira, grumixaba
Origem: Brasil – Mata Pluvial Atlântica
Descrição e característica da planta: a grumixameira ocorre naturalmente do sul do estado da Bahia ao estado de Santa Catarina na mata pluvial atlântica. Embora tenha um crescimento rápido no início, demanda muitos anos para que se torne uma árvore de maior porte.
A planta é perene (sobrevive por muitos anos) e pode alcançar até 20 metros de altura. O seu tronco apresenta áreas mescladas de tonalidades marrom, devido a permanente troca de casca. Essa característica é comum em muitas espécies da família das Mirtáceas, como a goiabeira, a jabuticabeira e o cambucazeiro. As folhas são duras, coriáceas, mais longas (6 a 9 centímetros de comprimento) que a largura (3 a 5 centímetros), verdes e brilhantes. As flores brancas são hermafroditas (têm os dois sexos na mesma flor), autoférteis e emitidas na base das folhas com os ramos (axilares). Os frutos apresentam um longo pedúnculo (cabo) são verdes quando novos e depois, dependendo da variedade, a cor torna-se vermelha-escura (quase preta), amarela ou roxa, quando amadurecem. O seu formato é alongado e na extremidade apical nota-se presença de restos da estrutura floral (sépalas) presos e permanentes. A polpa é viscosa, pegajosa, adocicada e muito saborosa. As condições favoráveis ao desenvolvimento da planta são: temperaturas amenas a quentes, boa disponibilidade de água durante o ano e solos com boa capacidade de drenagem, ricos em matéria orgânica e com boa fertilidade. A propagação é feita através de sementes, mas, em plantações comerciais, o mais desejável seria a enxertia em mudas da própria grumixama. Isso permite obter plantas mais uniformes e frutos semelhantes à planta matriz.
Produção e produtividade: como as plantas são cultivadas nos fundos de quintais e nas chácaras, não existem dados sobre a produtividade. Contudo, nota-se que as plantas produzem grande quantidade de frutos todos os anos.
Utilidade: os frutos são comestíveis e muito apreciados ao natural, mas podem ser usados no preparo de vinhos, licores e doces. Muitas espécies de aves, insetos e outros animais se alimentam dessa fruta. A planta é indicada para arborização de ruas, parques, praças e jardins, para compor o aspecto paisagístico e para atrair os pássaros.
Enviado por Dicionário inFormal (SP)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Saem arbustos e vegetação de médio porte e volta a grama, de manutenção mais cara


O prefeito Aidan Ravin (PTB) anunciou nesta quarta-feira (18/02) uma mudança radical no paisagismo de Santo André: a troca dos canteiros com arbustos e plantas de médio porte por grama. O remanejamento de árvores também está previsto. Beleza e mudança de marca do governo anterior são os motivos apresentados por Aidan para a mudança.
Máquinas e mão-de-obra de funcionários públicos estão sendo usados para a empreitada, que já começou nos canteiros da avenida Prestes Maia, próximo à Fundação Santo André. O prefeito afirmou que a ação não “custará nada” aos cofres públicos. “O investimento é zero, pois essa reestruturação paisagística já faz parte do plano de manutenção da cidade”, disse o secretário de Obras e Serviços Públicos, Alberto Casalinho.
Sobre os canteiros em reforma na Prestes Maia, o prefeito afirmou que várias árvores serão retiradas para dar lugar à grama. “Olhando assim, parece que está tudo em desordem. Vamos colocar um tapete verde para destacar melhor a paisagem”, ressaltou.
As plantas, de acordo com o Aidan, serão remanejadas para outros lugares do município. “Vamos tirar algumas plantas e colocar um tapete de grama para dar um descanso visual para quem passa. Se a pessoa vê apenas um monte de mato pode até ficar irritado”, alegou. Uma das principais intenções de Aidan com as atividades é apresentar uma mudança de governo. “Todo governo tem uma característica diferente. Eu prefiro que seja feito dessa forma. E já é um dedinho da mudança de administração”, confirmou.
Mais custos - O paisagista Hugo Biagi explica que o manejo com gramíneas é mais oneroso que as plantas de grande porte. “A grama tem de ser podada constantemente. Num período médio de dois anos, o valor da manutenção é maior que o investido no projeto”, informou. “Outra coisa a ser observada é a questão do meio ambiente. Todas as cidades precisam de mais árvores e áreas verdes. Por isso, trocar plantas de grande e médio porte por gramíneas não é viável”, apontou Biagi.
Por: Renan Fonseca - ABCD Maior

Prefeitura vai remodelar paisagismo da cidade

Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
A Prefeitura de Santo André vai mudar o projeto paisagístico da cidade que passará a ser composto predominantemente por espécies de plantas rasteiras.
A promessa do secretário de Obras e Serviços Públicos, Alberto Rodrigues Casalinho, é de que, em até 60 dias, os principais corredores da cidade sejam contemplados com o novo modelo de vegetação. "Com o tempo, a ideia é chegar nos bairros." O objetivo é estabelecer um equilíbrio ambiental e melhorar a visibilidade.
A novidade começou nas avenidas Prestes Maia, altura da Fundação Santo André, e Giovanni Batista Pirelli, onde é possível observar uma vegetação mais baixa.
Ontem, o prefeito Aidan Ravin (PTB) vistoriou as obras acompanhado por secretários. "Vamos mudar a cara de Santo André. Ao manter plantas mais rasteiras nos canteiros centrais, motoristas não terão medo de parar em um cruzamento, por exemplo, e haverá mais espaços para passeios e lazer."
Os parques também terão gramados recuperados. O secretário de Obras, Alberto Casalinho, explicou que o novo paisagismo será feito com recursos próprios do Departamento de Parques e Áreas Verdes. As plantas virão do viveiro municipal que produz mais de 350 mil mudas a cada três meses.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Incêndios mataram um milhão de animais na Austrália

13/2/2009

Além de provocar a morte de pelo menos 180 pessoas, os incêndios que atingiram o sul da Austrália causaram uma grande devastação na fauna e na flora da região.


Coala fêmea, batizada de Sam, foi resgatado enquanto fugia do fogo, por um bombeiro que trabalhava durante incêndio na Austrália
Segundo o Resgate de Vida Selvagem do Estado de Victoria, estima-se que pelo menos um milhão de animais morreram na tragédia.
Entre as vítimas estavam animais de criação, como ovelhas, gado e cavalos; de estimação, como cães e gatos; e espécies nativas, como répteis, cangurus, coalas, gambás, wombats, equidnas.
Muitos moradores tiveram que fugir às pressas de suas casas e deixar seus animais de estimação para trás. Os serviços de emergência conseguiram resgatar alguns animais, muitos deles feridos e com queimaduras.
Aqueles com fraturas mais graves e praticamente incuráveis foram abatidos, segundo o grupo de resgate de Victoria.
Mais de 400 mil hectares de florestas foram queimados pelas chamas que chegaram a passar a 120 quilômetros por hora.
Alguns animais conseguiram escapar escondidos em buracos na terra feito por wombats e equidnas. "Só vamos realmente saber a dimensão dos estragos na vida selvagem quando conseguirmos acesso a todas as áreas atingidas", complementou ela. "Essa é a esperança que temos", disse Fiona Corked, do Resgate de Vida Selvagem de Victoria.
"Em alguns momentos, a força do fogo foi tão devastadora que mesmo cangurus (que podem chegar a velocidade de 60 quilômetros por hora), não conseguiram escapar correndo", disse o serviço de emergência de Victoria ao jornal The Times.
No final dessa semana, equipes de resgate usarão helicópteros para procurar por mais sobreviventes entre os animais. Estes serão levados a santuários e a zoológicos. Assim que se recuperarem, serão devolvidos ao seu habitat natural.

Incêndios continuam
No quinto dia de incêndios, as equipes de resgate ainda não conseguiram conter o fogo. Ainda há cerca de 20 focos espalhados ao norte de Melbourne.
Ao menos cinco municípios rurais foram destruídos quase por completo. Mais de sete mil pessoas estão em abrigos temporários e recebendo doações que chegam de várias partes do país às áreas atingidas.
Fonte: iG ùltimo Segundo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Coruja-buraqueira


A coruja-buraqueira possui este nome pois vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua própria cova, vivem nos buracos abandonados de tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais. De porte pequeno, a Coruja-buraqueira possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos, e pernas longas. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. É uma ave tímida, por isso, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana e uma ótima audição. Tem vôo suave e silencioso.
Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela tem que virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. Por alimentar-se de insetos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura. Come pequenos roedores (ratos), insetos e cobras. A coruja buraqueira anda sem destino enquanto caça, e depois de pegar sua presa vai para um puleiro, como uma cerca ou pousa no próprio solo. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer), mas caçará, se preciso, ao longo de 24 horas.
A reprodução da coruja-buraqueira começa entre março ou abril. Ela faz seu ninho em buracos no solo, aproveitando antigas tocas de tatu ou de outros animais. O casal se revezando, alarga o buraco, cava uma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem, em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm de largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A Incubação dura de 28 a 30 dias e é executada somente pela fêmea. Enquanto a fêmea bota os ovos, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes. Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho são tarefa do macho. Quando os filhotes estão com 14 dias podem ser vistos empoleirando a entrada da cova, esperando pelos adultos e pela comida. Os filhotes saem do ninho com aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estão com 49 a 56 dias.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quaresmeira e o Manacá no Parque Central




A quaresmeira e o manacá são plantas conhecidas da Mata Atlântica e disseminadas por todo o Brasil. Nativas, pertencem à família botânica Melastomataceae, que reúne muitas espécies, nas quais se incluem desde pequenas ervas até árvores de pequeno e médio porte. Todas elas com características comuns de fácil identificação, como folhas e flores semelhantes em forma e coloração. São vegetais de relativa rusticidade, que se adaptam bem aos solos pobres, sendo por isso recomendáveis para o povoamento de áreas devastadas, entretanto, reagem com vigor ao fornecimento de matéria orgânica. Possuem considerável valor ornamental, podendo ser usadas em maciços ou isoladamente na composição de jardins.
São popularmente conhecidas: as quaresmeiras roxa e rosa (Tibouchina granulosa) e o manacá da serra (Tibouchina mutabilis).
O manacá diferencia-se das quaresmeiras principalmente pela coloração das flores, que ao abrirem são brancas, no dia seguinte ficam de cor lilás e no terceiro dia tornam-se roxo-violáceas. Já as quaresmeiras têm o centro da flor branco e este fica avermelhado depois de visitada pelo inseto que a poliniza. A quaresmeira rosa foi conseguida através de mutações.
É no período da quaresma que muitas mostram sua beleza com exuberância florada, daí a origem de seu nome popular. Porém em outras épocas do ano é possível encontrar sempre uma ou outra quaresmeira em flor, proporcionando um verdadeiro show natural que deve ser respeitado e conservado.
texto: Secr.Meio Ambiente e Desenv.Sustentável-Petrópolis

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ser humano depende de 40.000 espécies

29/1/2009

Armando Levy

São Paulo, SP - No próximo dia 12 de fevereiro, o Instituto Sangari lança o livro "Charles Darwin, em um futuro não tão distante", organizado pelos professores e pesquisadores Maria Isabel Landim e Cristiano Rangel Moreira. O lançamento marca o bicentenário do nascimento do grande naturalista inglês e os 150 anos da primeira edição do livro "A Origem das Espécies", onde Darwin desvendou as complexidades da seleção natural como motor do desenvolvimento das espécies no mundo.
Segundo Landim e Moreira, há aspectos da teoria de Darwin ainda pouco considerados, que dizem respeito à importância da diversidade como fator de sobrevivência das espécies:
"Darwin assinalou que as espécies mais diversas ampliam suas chances de sobrevivência em meio a ambientes diversos, o que nos coloca frente a questões importantes no que diz respeito à própria sobrevivência do ser humano em um mundo que muda velozmente", comentam.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, a espécie humana depende diretamente de cerca de 40.000 espécies, seja para uso alimentar como para vestuário, higiene e até saúde:
"O que vai acontecer com o ser humano quando a diversidade na qual ele sustenta sua existência deixar de existir em função da destruição acelerada de espécies que vivenciamos hoje em dia? A resposta a esta questão pode significar a curta longevidade do ser humano", explica Landim.
Landim e Moreira assinalam que o princípio da divergência que mostra que a diversidade prepara melhor as espécies para diferentes ambientes, leva-nos a pensar sobre a própria diversidade dentro da espécie humana:
"Quando diz que o ambiente poderá suportar um número maior de indivíduos de uma mesma espécie se esses diversificarem seus hábitos, parece que Darwin está mesmo querendo participar do debate contemporâneo sobre a crise ambiental e cultural que vivemos", comentam.

Lançamento de livro marca os 200 anos de Darwin

O livro é o resultado de palestras proferidas por renomados pesquisadores durante a apresentação da exposição Darwin, realizada no Brasil pelo Instituto Sangari em parceira com o American Museum of Natural History (AMNH), um dos maiores museus de história natural do mundo.
O Instituto Sangari - É uma organização sem fins lucrativos, fundada pela Sangari Brasil, em 2003, com a missão de disseminar o conhecimento e a cultura científica. Em apenas seis anos de existência, as ações do Instituto já envolveram mais de 800 mil pessoas - em sua maioria, crianças e jovens - que tiveram a chance de despertar o interesse e curiosidade em diversos temas relacionados com a cultura científica.
Serviço - A mostra sobre Darwin promovida pelo Instituto Sangari continuará a circular por várias cidades brasileiras em 2009. O lançamento do livro acontece no próximo dia 12/02/2009, na Livraria da Travessa, no Leblon Shopping, no Rio de Janeiro; e no dia 17/02/2009 na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, em São Paulo.