sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Chácara da Baronesa é parque só no papel

Área de 360 mil metros quadrados em Sto. André, na divisa com S. Bernardo, é considerada de proteção ambiental há 25 anos e desde 2001 é oficialmente um parque estadual.Mas, na prática, só há abandono e barracos.Os 360 mil metros quadrados da Chácara da Baronesa,em Santo André, perto da divisa com São Bernardo,não parecem impressionar as autoridades.Área de Proteção Ambiental, tombada pelo patrimônio histórico e elevada à condição de parque estadual, um dos maiores espaços verdes urbanos do ABC tem resistido em meio ao concreto e ao asfalto mais pelas próprias forças de sua natureza do que pela ações de quem deveria preservá-la.Desde os anos 1980, discute-se criar no local um parque ecológico para garantir a preservação da área e oferecer à população um equipamento de lazer e educação ambiental.Apesar das muitas intenções,pouco se fez. “Fizeram um cercamento, mas é só uma tela, é colocaram vigilância, o que é quase nada perto das necessidades”,afirmou a presidente da Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Movimento Chácara da Baronesa, Vera Lúcia Rotondo.Responsável pela administração,a secretaria de Estado do Meio Ambiente diz que “o projeto para operacionalizar o parque está em fase de estudos”,mas que não há estimativa de prazo nem de quanto será investido no local.O abandono foi permitindo aos poucos que a área fosse invadida – outro impasse para a criação do parque. São mais de 300 famílias em moradias irregulares.A Prefeitura de Santo André não se pronunciou.A necessidade de se preservar a chácara é reconhecida pelo Estado. “Trata-se de área verde em região extremamente urbanizada. É um pulmão”. “Mesmo nos dias mais quentes, a área mantém sua umidade, o que ajuda a controlar a temperatura do entorno”,completou Vera Lúcia. Gigante verde e despercebido - Chácara nunca foi utilizada como área pública de lazer. ANDRÉ VIEIRA METRO ABC

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

VERGONHA NACIONAL - GENOCÍDIO DE ÍNDIOS NO MATO GROSSO DO SUL

Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado "mensalão" e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia, grotescamente apelidado de "Kit Gay". Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes. A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia. (Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram: -Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui. Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia. Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam: - Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais. Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: "A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo". Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos. Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores, cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas. Italianos e um brasileiro fizeram um filme-denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados, Mato Grosso, índios... isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil. Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. Um silêncio cúmplice dessa tragédia. Publicado em 22/10/2012 por jornaldagazeta

terça-feira, 11 de setembro de 2012

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estudo revela que a preservação da flora regional é péssima

SANTO ANDRÉ - No primeiro semestre deste ano, a Fundação Santo André fez estudo de avaliação da qualidade ambiental do ABC e concluiu que a vegetação nativa está cada vez mais escassa. O fator indicativo foi a redução das espécies de borboletas que existiam na região, decorrente da substituição de plantas características da região. De acordo com a professora de Ciências Biológicas da Fundação Santo André, Dagmar Santos, a qualidade da preservação da flora regional foi avaliada como péssima. “As borboletas buscam alimento em flores típicas da nossa região e, como a vegetação está muito abaixo do recomendado, temos sempre os mesmos tipos de borboletas”, declarou. A pesquisa foi realizada em três pontos fixos: em uma residência com jardim, numa praça com árvores e num espaço com vegetação espontânea. No decorrer do trabalho foi observado que onde houve a redução de plantas naturais também aconteceu a diminuição do número de borboletas, que foram em busca de alimento em outros lugares. “Para nós, biólogos, a perda da biodiversidade é a pior coisa que pode acontecer ao meio ambiente”, pontuou. Antigamente, no ABC, eram encontradas muitas espécies de flores. Hoje, nas áreas urbanizadas tais como parques e praças são vistas muitas plantas exóticas, principalmente, oriundas de outros países. “Resolvemos realizar esse estudo a fim de mostrar às pessoas a necessidade de se preservar a vegetação nativa”, disse a estudante de biologia, Viviane Roupa, que também participou das pesquisas. Para recuperar a fauna e a flora do ABC é necessário programa direcionado ao plantio das espécies nativas. “Deve ser feito um planejamento e a reintrodução de plantas da região”, enfatizou Dagmar Santos. Por: Daniela Lopes Diário Regional

terça-feira, 29 de maio de 2012

Chácara Baronesa-Área de Proteção Ambiental, abandonada pelo Estado e pela Prefeitura de Santo André."Espaço foi declarado parque estadual há 11 anos".

Área verde é tomada por cracolândia. A Chácara Baronesa, área em Santo André que possui 340 mil metros quadrados de território em condições de APA (Área de Proteção Ambiental), está sendo tomada por usuários de crack. Cerca de 35 dependentes químicos estão morando no local em condições precárias. Os ocupantes afirmam que o espaço possui população itinerante de aproximadamente 50 pessoas, que vão até lá todos os dias para fazer uso da droga sem serem reprimidos."Tenho família e minha casa. Só venho aqui para fumar crack. É um lugar escondido, onde ninguém está vendo o que estamos fazendo", afirmou A.N.L., 28 anos, que diz ser dependente da droga desde adolescente. Ele conta que já procurou tratamento, mas não consegue largar o vício.Por ser espaço de mata fechada, os dependentes químicos consideram o local tranquilo para o consumo da droga. "Os usuários chegam aqui fugindo dos problemas da vida. A família não aceita o vício, então usamos esse lugar para esquecer tudo isso. Às vezes, acabamos ficando e não voltamos mais para casa", revelou A.N.L..M.R., 54, contou que mora na área há dois anos. Usuária desde 2003, tentou largar a droga algumas vezes, mas não obteve sucesso. Ela relatou as dificuldades que enfrenta para sobreviver. "Fiz um barraco para me proteger da chuva. Pego água na bica que existe aqui perto. A vizinhança próxima ajuda bastante a gente dando comida", afirmou.Os ocupantes garantiram que fazem de tudo para que o local seja pacífico, sendo utilizado apenas para o consumo da droga. "Cuidamos do espaço. Quando chega gente que não conhecemos, procuramos saber quem é. Não queremos colocar nossas vidas em risco, deixando qualquer pessoa entrar aqui, sem saber o que fez lá fora. Tem gente que nós expulsamos porque vem aqui trazer problema", disse M.. "Convivemos bem. Somos como uma família. Se um está doente, o outro cuida."Ontem, a Polícia Militar foi até a área após receber denúncia de invasão. Vinte e oito pessoas encontradas no local foram averiguadas, mas nenhuma foi detida. Segundo a corporação, a maioria deles tinha passagem criminal. "Pedimos a colaboração das autoridades responsáveis. Têm gente entrando e saindo daqui todos os dias. Se deixar, vai chegar cada vez mais pessoas. Uma hora perderemos o controle", disse o soldado Flávio Ferreira da Silva, que estava à frente da operação.O Estado é responsável pela Chácara Baronesa. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente informou que foi comunicada da entrada dos usuários. Por conta disso, acionou a Polícia Ambiental para dar apoio à fiscalização do terreno e retirar as pessoas que adentram a área sem autorização.Espaço foi declarado parque estadual há 11 anos.Localizada na divisa com o município de São Bernardo, a Chácara Baronesa foi decretada parque estadual em 31 de agosto de 2001, tendo sua administração destinada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Porém, o local nunca foi, de fato, área de lazer. Em abril de 2009, foi assinado protocolo de intenções entre o Estado e a Prefeitura de Santo André, com intuito de implementar gestão compartilhada no local. No entanto, a operacionalização do parque só pode ser iniciada após a retirada de 337 famílias que moram irregularmente no terreno. O Estado diz que realiza o monitoramento da área para evitar ocupações. No entanto, a equipe do Diário constatou que o sistema de vigilância é falho.O processo de desocupação encontra-se em análise na assessoria técnico-legislativa do Estado. Cadu Proieti Do Diário do Grande ABC

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Liberação da pesca no Parque Central pelo Dr.Aidan Ravin causa mais uma vítima

Ave é ferida por anzol em pesca no Parque Central Eliane de Souza Do Diário do Grande ABC Frequentadores do Parque Central, em Santo André, foram surpreendidos ao curtir a tarde ensolarada de ontem. Um biguá, pássaro mergulhão, foi fisgado acidentalmente no lago durante uma pesca. Com a ajuda da população e da GCM (Guarda Civil Municipal), o animal foi resgatado, teve o anzol retirado do bico e foi solto novamente.Segundo testemunhas, esse tipo de acidente é comum no parque. Aves que se alimentam de peixes migram para o Parque Central e, com a pesca liberada, vários destes animais já foram mutilados por linhas e anzóis. Frequentadores do local reclamam da falta de atitude por parte dos órgãos competentes. "Tentamos chamar a Polícia Militar Ambiental, a Defesa Civil e até os bombeiros, mas ninguém se dispôs a ajudar a salvar o biguá", conta um frequentador, que não quis se identificar.Mesmo tendo ajudado no resgate, a GCM não conta com equipamentos para resgate de espécies feridas. Segundo os guardas, a corporação conta com um barco no Parque Celso Daniel, mas ele só é utilizado para obras do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), no Rio Tamanduateí. Em julho de 2011, o Diário informou que o decreto que proibia a pesca no Parque Central havia sido revogada pelo prefeito Aidan Ravin (PTB). Sem legislação específica, a orientação dada à corporação para que seja utilizado o "bom-senso". Eliane de Souza Do Diário do Grande ABC

quinta-feira, 12 de abril de 2012

As flores do Parque Central

Veja neste vídeo como eram os canteiros de flores no Pq.Central e compare o antes e o depois das mudanças de paisagismo praticadas pela administração do Dr.Aidan.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

ESCÂNDALO:SEMASA VIRA BALCÃO DE NEGÓCIOS NA ADMINISTRAÇÃO DO DR.AIDAN


Venda de Licenças Ambientais virá caso de Polícia
segunda-feira, 9 de abril de 2012 16:52
Calixto confirma esquema no Semasa
Fábio Martins Do Diário do Grande ABC
Em depoimento hoje à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), o advogado Calixto Antônio Júnior confirmou a existência de esquema de venda de licenças ambientais no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Considerado, na ação, mentor do sistema de extorsão montado na autarquia, ele dividiu a responsabilidade com agentes públicos da cidade, garantindo que "nunca pegou dinheiro de nenhuma empresa".
Ele ratificou também que dava expediente diário - no horário da manhã - no Semasa a pedido do prefeito Aidan Ravin (PTB), que pediu para segurar os licenciamentos. Segundo o advogado, o petebista ordenou o denunciante e ex-diretor de gestão ambiental da autarquia Roberto Tokuzumi a acatar as suas determinações de fazer fila na expedição do documento às empresas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Metade do reciclado vai para o lixo em Santo André


Metade de tudo que é recolhido pelo serviço de coleta seletiva em Santo André
acaba não sendo reaproveitado pelas cooperativas de reciclagem e tem de ser descartado no lixo comum.Apesar de fazer a retirada de porta em porta e oferecer
16 estações de coleta,cinco em cada dez quilos destes materiais acaba indo para aterro sanitário.A quantidade de resíduos secos – como plástico, papel e alumínio, que podem ser reutilizados –, é menor em Santo André na comparação entre 2010 e 2011. O total coletado caiu de 8.728 toneladas para 6.332 toneladas – redução de 27,4%.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André)não explicou porque 50% dos materiais não podem ser aproveitados nem os motivos que levaram a diminuição da coleta.Ainda assim, a autarquia justificou que “o índice de participação e de separação dos resíduos teve aumento significativo durante todos os anos.” Coordenadora do curso de gestão ambiental da Universidade Metodista,Waverli Matarazo Neuberger explica que a falta de cuidado na hora da separação pode prejudicar a utilização do recicláveis.“'É preciso que os materiais estejam limpos e
acondicionados corretamente,pois uma única garrafa com líquido dentro pode inviabilizar outros resíduos,como o papel”.Outro fator é de ordem financeira. “O preço do reciclado oscila e, às vezes, o que se paga por ele pode tornar o trabalho economicamente inviável”. As prefeituras de São Bernardo e São Caetano não informaram o índice de perda na reciclagem.Presidente do Instituto Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni aponta outro problema. “Muitos dos que trabalham com lixo, não recebem treinamento e isso compromete o resultado”.
ANDRÉ VIEIRA
METRO ABC
Veja abaixo matéria publicada com as promessas de campanha do então pré canditado Sr.Aidan Ravin, que ficaram só no papel.
"Aidan tem como mote preservar"
Elaine Granconato
Especial para o Dgabc 23/08/2008
"Aidan também propõe estudo de viabilidade de investimentos em equipamentos para aterro sanitário; usina de compostagem e reciclagem, que, segundo o vereador-prefeiturárvel, estão sucateados. "A vida útil do aterro é limitada. No máximo três anos", afirmou, ao acrescentar que falta hoje um planejamento estruturado.
Outra meta do petebista, caso eleito, é atingir 100% de coleta seletiva."

terça-feira, 6 de março de 2012

Floresta Amazônica;Um Tesouro Desprotegido!

Assista este vídeo e conheça um pouco da realidade deste imenso tesouro que está sendo negligenciado por nós brasileiros.
Mesmo entristecidos pelo fatos escabrosos, não podemos deixar de demonstrar o nosso orgulho pelos ambientalistas José Cláudio e Maria que deram suas vidas para proteger a floresta, um belo exemplo de cidadania e defesa do patrimônio público.
Apesar de ter diminuído, o desmatamento na Floresta Amazônica caminha a todo vapor, a última fronteira a ser conquistada pelos ruralistas que representam o grande poder econômico.O discurso de desenvolvimento por eles usado, não passa de mais uma grande mentira para ludibriar a sociedade.
A verdadeira intenção é o acumulo de riquezas, concentrando poder nas mãos de poucos.
O Governo Brasileiro pouco está fazendo para defender este Imensurável Patrimônio nosso e das futuras gerações.
Prova disso é a construção de várias usinas hidrelétricas para atender interesses do capital, desprezando as comunidades indígenas e as questões ambientais da região.
O mesmo Modelo de Desenvolvimento Insustentável que foi utilizado em outras regiões do nosso país, como a Sudeste agora é levado para a Floresta Amazônica.
Sem dúvida seria muito mais ecológico e respeitoso para as comunidades e também a Floresta Amazônica, investir em agricultura familiar e formas sustentáveis e descentralizadas de geração de energia.
Infelizmente o que vemos, é se valer a pressão do poder econômico, que banca uma boa parte dos nossos políticos.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Mais uma do governo Aidan!

Corrupção no Órgão de Gestão Ambiental de Santo André
Diretor confirma esquema de extorsão no Semasa
Beto Silva/Sérgio Vieira do DGABC
O suposto esquema de extorsão montado no sexto andar do prédio do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), denúncia entregue ao Ministério Público e revelada com exclusividade ontem pelo Diário, ocorre desde o segundo semestre do ano passado. Quem garante é o diretor de gestão ambiental da autarquia, Roberto Tokuzumi, responsável pela última assinatura antes da chegada do documento à mesa do superintendente-adjunto, Dovilio Ferrari Filho.
Tokuzumi é citado como denunciante na representação entregue à promotoria. Procurado ontem pela equipe do Diário, ele confirmou que sabe da existência da fraude, mas que negou-se a participar do esquema, mesmo após pressão de Dovilio e do advogado Calixto Antônio Júnior, considerado, ainda segundo a denúncia enviada ao MP, o principal articulador da cobrança de propina aos representantes das empresas que aguardam apenas assinatura do superintentendente, Ângelo Pavin (PMDB), para liberação do documento.
"Em julho, o Dovilio pediu que eu saísse de férias e dias depois passou a ocupar minha função. Depois me pediram para voltar e ele estava lá. Então, pediu para que eu deixasse a diretoria de Gestão Ambiental e passasse a ocupar uma mesinha só para fazer licenciamento. Estranhei demais", contou o diretor. O superintendente adjunto, então, recuou, mas Tokuzumi diz que passou a ser perseguido.
FILA NA AUTARQUIA
Três meses depois, Tokuzumi foi procurado por Calixto, que contou a ele sobre o suposto esquema na autarquia. "O advogado, que sempre vinha no prédio, disse que precisava de mim para um esquema que seria bom. E me orientou a trancar todas as licenças a partir daquele momento. E que todas as empresas deveriam falar com ele", detalhou o diretor de Gestão Ambiental. "O Calixto pediu, então, que chamasse as empresas e mandasse procurá-lo. Ele dizia: ‘Eu quero fila' e que se isso não acontecesse me tiraria dali." Dias depois, os dois discutiram rispidamente e Tukuzumi afastou-se do grupo. "Acelerei ainda mais a liberação dos processos, para que não ficasse dúvida sobre minha integridade. Não entrei nesse esquema de venda de assinatura do superintendente. Agora eles querem minha cadeira para mudar o procedimento."
Tokuzumi completou: "Qualquer pessoa que tem um pouco de visão sabe que isso não pode ser feito. Qualquer um acompanha pela internet toda a tramitação do processo. Não há como explicar tanta demora na mão do superintendente."