domingo, 28 de março de 2010

E a Reciclagem e a Compostagem?

27 de março de 2010 - Deborah Moreira - Diário do Grande ABC
Aterro (S. Jorge) de Sto.André está abaixo da média
Santo André recebeu nota baixa da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em avaliação dos aterros sanitários de resíduos sólidos (lixo doméstico) divulgada na sexta-feira. O IQR ( Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos) do aterro de Santo André despencou de 8,9 em 2008 para 6,1 no ano passado, segundo o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares 2009. A taxa é inferior à média das outras cidades do Estado que possuem lixões em operação (8,5).
Dos 645 municípios paulistas, 425 têm sistemas de depósito e tratamento de resíduos domésticos adequados. Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o número é 15 vezes maior que em 1997, quando foi feito o primeiro relatório.
Para se obter o IQR de cada cidade são avaliados 41 itens. Segundo Ronald Pereira Magalhães, gerente da Agência Ambiental do ABC I, da Cetesb, o Aterro Sanitário de Santo André, administrado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), foi mal avaliado em quatro aspectos, como a conservação das condições de acesso das vias internas, o que causa dificuldade para a entrada dos caminhões.
A cobertura do lixo, que deveria ser feita com terra, também estava insuficiente. "Essa cobertura é importante para evitar o mau cheiro e a presença de aves como urubus. Havia muitos deles no aterro", declarou Magalhães. A drenagem da chuva, por meio de canaletas, e o armazenamento e tratamento do chorume também foram insuficientes na avaliação. "Em 2010, visitamos duas vezes o aterro e constatamos uma melhora. Mas uma nova avaliação só será feita no final do ano", concluiu o gerente da Cetesb.
O Semasa informou que o local permanece em obras e que as chuvas prejudicaram os trabalhos. A ampliação da coleta e armazenamento de chorume serão finalizadas nos próximos dias, de acordo com o Semasa.

Água poluída mata mais que violência no mundo, diz ONU

23/03/2010 -(Fonte: Folha Online)
A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU nesta segunda-feira (22).
"A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).
Em um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da Água nesta segunda-feira (22), o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e peixes.
O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.
Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento.
A diarreia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e "mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada."
O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.
Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.
"Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas." (Fonte: Folha Online)