segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Moradores da Chácara Baronesa protestam contra descaso com a área












Os munícipes defendem que o local torne-se um Parque Ecológico
Os moradores da Chácara Baronesa, em Santo André, se reuniram, neste domingo (30/08), para se manifestar contra a demora do governo do Estado e da Prefeitura em definir o que será feito com a área. Os manifestantes alegam que a Administração tem a intenção de construir um condomínio ecológico de luxo, porém garantem que os munícipes são contra. “Fomos em uma reunião na Secretaria do Meio Ambiente do Estado, mas eles nos trataram com descaso. As pessoas aqui têm consciência da importância da preservação desta área, queremos discutir o destino da Chácara”, declarou o membro da Comissão de Moradores do Núcleo do Haras, Augusto Gergye Filho. De acordo com o presidente da Ong Rede Ambientalista, Marcos Tadeu Gaspari, há mais de 20 anos a área é estudada, mas não tomam providências quanto a sua destinação. “Os moradores não estão sabendo o que está sendo feito, mas as decisões têm que ser tomadas com eles. O que quer que seja que estão pensando em fazer aqui os moradores tem que ser consultados”. “Defendemos que aqui se torne um parque ecológico para que universidades e a população possam visitar. A Lei prevê que seja criado um Conselho Gestor para que se discuta as questões, mas até agora nada foi feito”, disse José Carlos Vieira, presidente da Associação Amigos do Parque Central, em Santo André. No mês de abril a Prefeitura de Santo André assumiu a área e se prontificou em tornar a Chácara Baronesa em um bairro ecológico
Por: Fabíola Andrade (fabiola@abcdmaior.com.br)

Protesto pede área verde preservada


Moradores do entorno e ambientalistas realizaram ontem protesto em defesa da Chácara Baronesa, em Santo André, próximo à divisa com São Bernardo. A manifestação ocorreu no próprio local e reuniu cerca de 30 pessoas, que pediram a preservação da grande área arborizada, com mais de 340 mil metros quadrados.
Há aproximadamente um mês, foi suspenso o monitoramento do espaço, com a retirada do sistema de vigilância por câmeras. Parte das cercas que garantiam proteção foi arrancada por vândalos. A discussão sobre o futuro do local caiu em um limbo administrativo, avaliam os ambientas, envolvendo o governo do Estado e a administração municipal.
Os manifestantes apontaram a intenção da Prefeitura de Santo André em ceder o espaço para a construção de moradias " ecológicas". A ideia causa repulsa em quem vive próximo ou tem interesse em manter preservada a APA (Área de Proteção Ambiental). "Imagine se colocarem rede de água e esgoto por aqui? Árvores serão inevitavelmente cortadas", afirmou o ambientalista José Carlos Vieira.
Os problemas da Chácara Baronesa não deixam de ter um viés habitacional. Parte da área verde foi tomada por sem-tetos. Lideranças comunitárias têm cadastradas 385 famílias, mas afirmam que, no total, esse número já passa de 450.
Representante do núcleo de moradores, Augusto Gergye não vê avanços nas negociações que poderiam regularizar a situação, que se arrasta há 20 anos. Alega que foram até mal-tratados quando tentaram resolver o problema. "Poderiam arrumar outro local, como um condomínio, ou urbanizarem a nossa área", disse.
As pessoas que protestaram ontem querem a Chácara Baronesa como uma área livre para a população, um parque público que sirva ao lazer e à contemplação da natureza. Também poderia servir a estudantes e pesquisadores. A educação ambiental de crianças e adolescentes viria a reboque com esse incremento.
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC